O DIABO QUE TE CARREGUE!: UM ROMANCE...1ªED.(2006)
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OBJETO
DE DESEJO
Durante dez anos, Stella Florence trabalhou como secretária executiva. Até que numa tarde chuvosa, olhou ao seu redor no escritório em que trabalhava e se perguntou: "O que é que eu estou fazendo aqui?" O resultado? Stella fez o que todos nós, pelo menos uma vez na vida, gostaríamos de fazer: levantou de sua mesa e foi embora para nunca mais voltar, mesmo sem ter a menor idéia do que iria fazer dali para frente. Pouco depois desse grito de alforria, ela resolveu se dedicar à literatura. Que sorte a nossa! Dez anos, cinco livros, dois best-sellers, e muitas crônicas para a revista Criativa depois, Stella Florence (é Florence mesmo, não Flórence) nos presenteia com o hilariante O diabo que te carregue! – um romance sobre separação em forma de crônicas curtas e grossas.
Esta obra tem uma peculiaridade: é quase uma autobiografia. Segundo a autora, 95% dos episódios impagáveis (e muitas vezes tocantes) relatados no livro foram protagonizados por ela. Considerando a ousadia do conteúdo, isso não é pouca coisa. E tem mais, o prefácio leva a assinatura do escritor Eduardo Haak, o ex-marido de Stella, a quem ela, sem pudor, dedica o livro.
O romance acompanha, com o bom humor característico da autora, o dia-a-dia de uma mulher, profissional, mãe de dois filhos, que acabou de se separar do marido. A narrativa moderna, engraçada e emocionante faz com que qualquer mulher (até mesmo uma adolescente que terminou seu primeiro namoro) se identifique e se apaixone pela personagem central.
As mil tiradas da escritora são impagáveis. Para Stella, "é inevitável sentir raiva do ex. Por mais que ele seja uma pessoa boa e blábláblá, agora ele é um ex-marido e ex-maridos são feitos para ser, no máximo, tolerados. Por isso, quando seu ex te ligar para saber das crianças, ceife o sorrisinho de boa moça da sua cara, pare de mentir para si mesma e, ao desligar o telefone, grite alto o bastante para que você possa ouvir o que só a você interessa: ‘Que o diabo te carregue, seu cretino!’ Nem sempre é necessário gritar, você pode sibilar, falar fininho e em falsete coisas como: por que você não morre? Ou então: o que você acha de eu despejar um tubo de Superbonder no seu pinto? Ou ainda: você já mascou seu fardo de capim hoje, meu bem?"
Mas não pensem que o livro de Stella é um manifesto contra os homens, não é este o seu objetivo. "Eu não apenas queria, mas precisava escrever este livro, por mim e por todas as mulheres que não têm espaço sequer para purgar a própria raiva após uma separação sem serem julgadas por isso", diz a autora. E completa: "essa raiva pode não ser aceita pela boa menina que fomos ensinadas a ser, pode não ser politicamente correta, pode até mesmo ser injusta, mas é legítima, é a resposta emocional que conseguimos ter naquele instante – e ela merece ser levada em conta em vez de varrida para debaixo do tapete. E já que a raiva, a mágoa e a dor estão lá, por que não cuidar delas com humor? Afinal, um bom relacionamento com o ex não só é desejável (sobretudo quando se têm filhos), mas plenamente possível.
O diabo que te carregue! é um livro sobre o amor. Um livro inteligente, bem-humorado, iluminado. A personagem criada por Stella acredita que milagre não é transformar pão em peixe, água em vinho. Isso é fácil! Milagre mesmo é quando duas pessoas se apaixonam uma pela outra, ao mesmo tempo e na mesma intensidade. Quando o verdadeiro milagre acontece é preciso se abrir para que ele entre em todos os nossos poros. E se for o caso, é preciso saber deixá-lo ir embora também.
Leitura obrigatória para quem já amou, quem está amando e quem pretende amar de novo.