O livro trata do cenário histórico gay, preconceitos, injúrias, e também do preconceito contra negros e judeus. Didier Eribon propõe aqui uma série de reflexões que se desdobram se acordo com três eixos. Primeiro, uma análise da experiência vivida, na qual procura entender como um lugar inferiorizado é atribuído aos homossexuais na sociedade e como a subjetividade deles fica marcada. Em seguida, procura restringir algumas etapas cruciais do constituição da identidade gay moderna no século XIX, a uma só tempo na literatura e na cultura popular. Estuda, então, como processo de Oscar Wilde pôs um termo provisório na emergência desse uso da palavra, e como posteriormente alimenta suas ressurgências (em Gide e Proust notadamente). Enfim, procura comentar os textos de Michel Foucalt sobre todas essas questões interrogando-se sobre o que pode ser uma "cultura gay" hoje.