A partir da vivência de separação da própria autora, pois sua filha constituiu família na França, onde nasceram seus netos, constrói uma história, onde o realismo fantástico é a tônica do enredo, para criar uma metáfora dessa dicotomia entre dois mundos.
O pequeno Binduim representa o caloroso universo dos trópicos, com suas florestas, clima sempre quente e uma diversidade de vida animal surpreendente. Nesta parte, em que a floresta é protagonista junto ao pequeno Binduim, poderemos visitar esse mundo rico em cores e vida silvestre, exatamente num momento em que as questões ambientais estão em pauta. Aprender para respeitar.
O pequeno ser das florestas será nosso guia nesse espaço de conhecimento e magia. Binduim nos apresenta os habitantes da floresta e suas características, nos aproximando desse universo fantástico que é a Floresta Tropical.
Na segunda metade, a autora começa a relatar através do personagem do pequeno Binduim todos as dificuldades que precisamos enfrentar quando lidamos com o diverso, com o novo. Binduim é levado à Europa e sofre com a diferença de ambiente. Nesse trecho do livro iremos acompanhar com ele os problemas de ser “diferente”, de se sentir um estranho, de ser a alteridade.
A autora nos permiti enxergar esses dois mundos através do olhar ingênuo e mágico do pequeno Binduim e, dessa forma, sorrir ou se emocionar com suas peripécias.