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Autor: Ignacio de Loyola Brandao
Editora: Global
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40 anos atrás, o autor Ignácio de Loyola Brandão lançou Não Verás País Nenhum, livro que viria a se tornar um clássico literário. Com uma trama que traça paralelos com a ditatura militar brasileira, a obra mostra São Paulo dominada por um regime fascista, em um contexto ambiental onde as florestas desaparecem queimadas e a água é escassa.O caráter crítico embutido na narrativa de Loyola é clara e explícita, qualidade que sempre pautou as obras do autor e continua a ser uma constante nelas até hoje. Isso fica ainda mais intenso no inédito Deus, o que quer de nós? No livro, o leitor é introduzido em um cenário muito parecido com o da sociedade atualmente: o de uma pandemia.Com uma narrativa que mistura passado e presente, o protagonista Evaristo começa sua jornada enterrando sua mulher, Neluce. A pandemia, chamada de Funesta ou Infame, já dura anos e ele já não tem consciência do que é realidade, sentido e expectativa.Seus sentimentos se misturam e confundem, e o governo, liderado por uma figura que é referenciada como Desatinado ou Destemperado, causa desamparado, confusão e morte. Mestre em criar realidades distópicas, os capítulos de Deus, o que quer de nós? são curtos e a linguagem do livro abusa do uso de ironia para descrever situações absurdas.Na medida em que Evaristo relembra sua vida ao lado da mulher, isolado em seu apartamento, ele tem crises de ansiedade, depressão, ternura e felicidade. Esses sentimentos contraditórios servem não apenas para pontuar as consequências do isolamento e de um governo irresponsável, mas também para mostrar a história de amor dos dois protagonistas, fazendo com que o livro seja, principalmente, sobre humanidade, em todos os sentidos da palavra.
Título: Deus, O Que Quer De Nos?
ISBN: 9786556123196
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 16 x 23 x 1
Páginas: 192
Ano copyright: 2022
Coleção:
Ano de edição: 2022
Edição: 1ª
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Autor: Ignacio de Loyola Brandao
Ignácio de Loyola Brandão nasceu em Araraquara (SP), em 31 de julho de 1936. Jornalista e escritor, Brandão publicou dezenas de livros, entre romances, contos, crônicas e viagens, além de ter participado de várias antologias. Filho de um ferroviário, tornou-se crítico de cinema aos 16 anos, quando soube que crítico não pagava entrada em cinema. Assim enveredou pelo jornalismo. Em 1957, mudou-se para São Paulo e foi trabalhar no jornal Última Hora como repórter. Estreou com um livro de contos sobre a noite paulistana, Depois do Sol. Seu primeiro romance, Bebel que a Cidade Comeu, foi publicado em 1968. Em 1974, foi lançado na Itália o romance Zero, sua obra mais conhecida. Editado no Brasil no ano seguinte, o livro foi proibido em 1976 pelo Ministério da Justiça do governo Geisel. A obra só seria liberada em 1979. Em 1993, iniciou colaboração semanal no jornal O Estado de S.Paulo. Em 1996, submeteu-se a uma cirurgia para a retirada de um aneurisma cerebral e registrou a experiência no livro Veia Bailarina, em 1997. Tendo como cenário a ditadura militar e o exílio, sua obra romanesca faz uma crítica amarga da sociedade brasileira, mas também fala de amor e solidão. Em julho de 2001, por ocasião de seu aniversário, foi homenageado pelo Instituto Moreira Salles, com a publicação de sua vida e obra no volume 11 da série Cadernos de Literatura Brasileira. Em 2008 o romance O Menino que Vendia Palavras ganhou o Prêmio Jabuti de melhor livro de ficção do ano. Em suas crônicas, são frequentes as referências à infância em Araraquara, aos colegas de geração e ao cotidiano da cidade de São Paulo.