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Autor: Waly Salomao
Editora: Companhia das Letras
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Waly Salomão foi uma das figuras mais fecundas e heterogêneas da vanguarda brasileira. Não é à toa que Caetano Veloso, em música dedicada a ele, diz: “tua marca sobre a terra resplandece [...] e o brilho não é pequeno”. Baiano, filho de sírio com sertaneja, Waly foi ponta de lança de uma geração de poetas que — num movimento de resistência à censura — contrariaram os princípios formais da tradição e pensaram a produção literária a partir de sua articulação com as outras artes, o que contribuiu para sua escrita tão permeável às diversas manifestações do inquieto cenário cultural no Brasil das décadas de 1970 e 1980. Seus versos continuaram se reinventando ao longo dos anos 1990 e 2000, e consolidaram seu papel de poeta múltiplo em livros como Algaravias, lançado em 1996.Poesia Total reúne pela primeira vez a obra poética completa de Waly Salomão, desde Me segura que eu vou dar um troço, de 1972, até Pescados vivos, de 2004. O volume traz ainda uma seção de canções inéditas em livro, além de apêndice com os mais relevantes textos sobre sua obra, assinados por nomes como Antonio Cícero, Francisco Alvim e Davi Arrigucci Jr. Em Gigolô de Bibelôs, seu segundo livro, o seguinte verso ecoa: “tenho fome de me tornar em tudo que não sou”. Tal desejo de abolir fronteiras e de confronto com os limites — entre o eu e o outro, entre a prosa e a lírica, entre a arte e a vida — é uma das principais marcas da obra de Waly Salomão. Poesia total é uma viagem sem volta: um “processo incessante de buscas poéticas”, como disse o próprio autor sobre seu trabalho poético-visual, os Babilaques.
Título: Poesia Total
ISBN: 9788535924008
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 14 x 21
Páginas: 552
Ano copyright: 2014
Coleção:
Ano de edição: 2014
Edição: 1ª
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Autor: Waly Salomao
Waly Dias Salomão nasceu em 1943, em Jequié, Bahia, filho de pai sírio muçulmano e mãe beata sertaneja baiana. Sua obra Algaravias: Câmera de ecos ganhou o prêmio Alphonsus de Guimarães, da Biblioteca Nacional (1996), e o Jabuti, na categoria poesia, da Câmara Brasileira do Livro (1997). Preparou com Ana Duarte a obra póstuma do amigo e poeta piauiense Torquato Neto, morto em 1972, Últimos dias de Paupéria. Organizou e editou Alegria, alegria, de Caetano Veloso, e, com Lygia Pape e L. Figueiredo, Aspiro ao grande Labirinto, livro póstumo do artista plástico Hélio Oiticica, um de seus melhores amigos. O primeiro livro de poemas, Me segura qu’eu vou dar um troço, foi lançado em 1971. Os poemas presentes no título de estréia foram escritos durante a temporada na prisão, rabiscados na cela que ocupava no Carandiru. A diagramação ficou por conta de Hélio Oiticica. A partir da década de 70, o poeta se tornou uma referência constante na produção artística do país. Criou, junto com Torquato Neto, a emblemática revista Navilouca (1974), marco da poesia alternativa (marginal) brasileira. Também flertou diversas vezes com a MPB, realizando trabalhos em parcerias com nomes como Caetano Veloso, Antonio Cicero, Lulu Santos, João Bosco e Adriana Calcanhoto. Aproximou-se ainda do rock, produzindo, em 1997, o disco e o show Veneno Antimonotonia, para Cássia Eller. No início de 2003 foi nomeado Secretário do Livro e Leitura pelo ministro da cultura, Gilberto Gil mas só ficou a frente do cargo por quatro meses. Vítima de um câncer no intestino, ele morreu na manhã do dia 5 de maio daquele ano, no Rio de Janeiro, aos 59 anos. É autor de Lábia, Tarifa de embarque, O mel do melhor, Hélio Oiticica – Qual é o parangolé? e Pescados vivos (póstumo), entre outros.