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Autor: Haroldo de Campos | Affonso Avila
Editora: Iluminuras
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Entre o poeta de Galáxias e o poeta de Código de Minas, Carta contra carta, troca de ideias, carta a carta, o fino diálogo, de carta para carta, em meio aos poemas, livros, artigos, traduções, intervenções.Do Brasil da década de 1950, podem aqui ser lembrados dois acontecimentos de natureza só aparentemente distinta — a construção de Brasília e a criação da bienal de arte de São Paulo (1951), cujo prédio, que data de 1954, também é de Niemeyer. Em paralelo ao desenvolvimentismo, dava-se intensa e múltipla discussão — política, histórica, cultural, artística. Para ficar no campo literário, no ano de 1956, ocorre a exposição nacional de arte concreta e Guimarães Rosa publica Grande Sertão: Veredas — e, de modo surpreendente, também Corpo de baile. Do mesmo ano, data ainda o nem sempre lembrado Contos do imigrante de Samuel Rawet. A enumeração de obras de suma importância nesse período pode ser extensa.E nesse contexto surgem algumas iniciativas e produções literárias que se associariam por meio de ampla discussão crítica. Aí se integra a correspondência desenvolvida entre Haroldo de Campos e Affonso Ávila, reunida neste livro. Ao longo de algumas décadas, trocaram cartas de natureza sobretudo argumentativa e estratégica — tinham projetos distintos, mas interrelacionados. Affonso, grande pesquisador do barroco, e Haroldo, o tradutor de Dante a Homero, discutiam suas diferentes poéticas, mas com a perspectiva crítica da situação em que produziam.A correspondência entre os dois começou em 1953 e durou até 1996, sendo especialmente frequente entre os anos de 1961 e 1968. Relacionada de modo estreito com a atividade intelectual dos dois, ela traz muitos dados e referências que ajudam a compreender as circunstâncias do trabalho de ambos e contribui para a história da produção literária do período. Assim, nela estão presentes de modo especial as revistas Invenção — do grupo concretista de São Paulo — e Tendência — do grupo mineiro. Mas nas cartas estão ainda referidos vários órgãos de imprensa que mantinham espaços culturais importantes, como o Jornal do Brasil, o Estado de S Paulo, o Correio da Manhã, bem como vários nomes de críticos e escritores que atuavam no período.As cartas tratam tanto de questões de natureza mais imediata, como a organização e publicação de periódicos, quanto de questões mais complexas, como as discussões teóricas, as análises críticas que mobilizavam os interlocutores. Material dessa natureza só pode ser sempre bem-vindo, pela contribuição que traz para ampliar o estudo de vários aspectos da produção literária. Este diálogo Haroldo de Campos / Affonso Ávila soma-se ao excepcional recém-publicado conjunto das cartas de Haroldo dirigidas a Inês Oseki-Depré. E é de esperar que as duas publicações instiguem o prosseguimento de iniciativas similares.
Título: Carta Contra Carta [1953/1996]
ISBN: 9786555192025
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 15,7 x 22,5 x 1,4
Páginas: 272
Ano copyright: 2023
Coleção:
Ano de edição: 2023
Edição: 1ª
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Affonso Ávila (Belo Horizonte - MG, 1928-2012) além de poeta, foi ensaísta e crítico literário, especialista no barroco mineiro. Fundou nos anos 1950 a revista Tendência e no final dos anos 1960 a revista Barroco. Foi considerado um dos mais importantes poetas brasileiros contemporâneos. Teve participação ativa em importantes movimentos literários, foi criador do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais e de uma linha de pesquisas e ensaios cujo enfoque é o Barroco no Brasil, principalmente do Barroco mineiro. Foi organizador da Semana de Poesia de Vanguarda, um importante evento realizado em 1963, e vencedor de diversos prêmios, entre eles o Prêmio Jabuti, com O Visto e o Imaginado e também com Cantigas do Falso Alfonso El Sábio (Jabuti 2007). Publicou também Égloga da Maçã.