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Autor: Walter Benjamin
Editora: L&PM
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"O grande pensador da modernidade“Pela primeira vez na história da arquitetura surge um material artificial de construção, o ferro. Ele passa por um desenvolvimento cuja velocidade se acelera no decorrer do século. Ele recebe o impulso decisivo quando se descobre que a locomotiva, com a qual se faziam experiências desde o fim dos anos 1820, só funciona sobre trilhos de ferro. Os trilhos se tornam a primeira peça moldada de ferro, a precursora das vigas. Evita-se usar o ferro na construção de moradias, e ele é utilizado nas passagens, pavilhões de exposição, estações de trem – construções com fins transitórios. Ao mesmo tempo, ampliam-se as possibilidades de uso arquitetônico do vidro. Mas condições sociais para sua utilização como material de construção só aparecerão cem anos mais tarde.” Trecho de Paris, a capital do século XIXNeste volume o leitor encontra um recorte sobre as cidades e a arquitetura que atravessa a obra de Walter Benjamin (1892-1940) de 1923 a 1940. Com textos e excertos retirados de diferentes trabalhos, esta compilação traz reflexões de um dos pensadores mais originais que já viveram. Como ninguém, Benjamin aliou diversos campos do saber ao pensar o fenômeno das cidades tanto do ponto de vista arquitetônico e urbanístico quanto da ocupação humana.Walter Benjamin foi um intelectual múltiplo, impossível de classificar. Como poucos, foi atento às mudanças na cultura e versou com profundidade sobre os mais diversos assuntos, do conceito de história à moda, praticamente reinventando a ideia de crítica. O fenômeno urbano, porém, foi um dos temas que mais o interessaram ao longo da vida. Discorrendo proustianamente sobre sua Berlim natal, analisando a paisagem de cidades variadas como Nápoles e Moscou, tomando as galerias comerciais de Paris como a quintessência da modernidade, ligando a esfera doméstica privada à ascensão da burguesia ou vendo nas poesias de Baudelaire um novo habitante das metrópoles, o fato é que Benjamin deixou um legado único de reflexões sobre a ocupação humana do espaço urbano e a influência da arquitetura no dia a dia de uma cidade.Aqui o leitor terá, ao mesmo tempo, uma porta de entrada ao pensamento benjaminiano e um pouco do melhor que o intelectual alemão escreveu sobre esse tema ao longo das duas décadas mais ricas de sua produção intelectual. A coletânea é composta por textos e trechos selecionados de suas obras mais importantes – Rua de mão única, Imagens do pensamento, Passagens, Crônica berlinense, Infância em Berlim por volta de 1900 e O retorno do flâneur – e apresenta o pensador radical, capaz de explorar o nexo entre as facetas mais diversas da experiência humana. Benjamin via as cidades como livros a serem lidos. Nelas, tudo está em movimento e se interpenetra. Nada como o olhar deste arguto observador para pensarmos a experiência do existir, do flanar e do morar: “A porosidade é a lei dessa vida, que está para ser redescoberta a cada vez, inesgotavelmente. Uma pitada de domingo está escondida em cada dia útil, e quanto há de dias úteis nesse domingo!”.Os Editores"
Título: Paris, Capital Do Seculo Xix E Outros Escritos Sobre Cidades
ISBN: 9786556662541
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 14 x 21 x 1,6
Páginas: 264
Ano copyright: 2022
Coleção:
Ano de edição: 2022
Edição: 1ª
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Walter Bendix Schönflies Benjamin, filósofo e crítico literário, nasceu em Berlim em 1892 e se suicidou em 1940, na fronteira da França com a Espanha, durante uma tentativa de fuga dos nazistas. A rejeição de sua tese de habilitação, “A origem do drama barroco alemão”, o impediu de exercer a docência universitária na Alemanha. A partir de 1924 descobriu o marxismo, através da obra de Lukács, e se tornou simpatizante do movimento comunista. Foi associado à Escola de Frankfurt, o Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt, criado em 1923, e seus principais escritos versam sobre o materialismo histórico, a estética e a arte, o idealismo alemão e, de maneira geral, o marxismo ocidental. Em seus ensaios, combina referências literárias e artísticas com filosofia e sociologia. Em 1933, com a tomada do poder dos nazistas, exilou-se na França. Foi amigo e correspondente de Theodor Adorno, Max Horkheimer, Gershom Scholem, Bertolt Brecht e Hannah Arendt. Seu último escrito, as Teses sobre o conceito de história, de 1940, associa o materialismo histórico ao messianismo revolucionário. Sua obra, de caráter fragmentário e ensaístico, foi parcialmente publicada em coletâneas no Brasil, incluindo Passagens (2006) e três volumes de Obras escolhidas: Magia e técnica, arte e política (1985), Rua de mão única (1987) e Charles Baudelaire, um lírico no auge do capitalismo (1989).