Invençao: de arnaut e raimbaut a dante e cavalcanti

Autor: Augusto de Campos
Editora: Laranja Original

PREVISÃO DE POSTAGEM: Até 17 dias úteis.
Não consta quantidade deste produto em nossos estoques.
Para obtê-lo, este terá que ser adquirido junto a nossos fornecedores mediante checagem prévia de disponibilidade.

R$ 60,00

em até 3x sem juros

Adicionar
à sacola


Entrega

Entrega = postagem + transporte, pesquise para seu CEP:

Sinopse

Provença o soubeNesta nova edição que vem a público graças ao empenho de Filipe Moreau e de sua equipe, passados quase vinte anos da primeira, publicada em 2003, procedemos a uma rigorosa revisão da obra, que apresenta sempre grandes dificuldades ao se confrontar com idioma tão secular como é o antigo provençal. Mas penso que o esforço vale a pena, diante da beleza da produção dos trovadores dos séculos XII e XIII, aqui representada pelos poetas-inventores Arnaut Daniel e Raimbaut d’Aurenga, da comunidade da Provença, terra da poesia, que lamentavelmente não sobreviveu à cruzada do Papa Inocêncio III e dos nobres do norte da França contra o catarismo, seita considerada herética pela Igreja Católica, sob cujos auspícios, perpetrou-se um dos mais hediondos crimes da Idade Média. Mas os notáveis trovadores, dentre os quais Arnaut Daniel, considerado “il miglior fabbro”, o maior artesão, o maior poeta inovador, por Dante, Petrarca e Pound, continuam novos e maravilhosos. Apesar dos parcos momentos que hoje são reservados à poesia, os provençais tiveram crescente repercussão em nossos meios literários, após as edições de Traduzir e trovar(Editora Papyrus, 1968), Verso Reverso Controverso (Editora Perspectiva, 1979 e 2009) e Mais Provençais (1979 e 2009), a da Editora Noa Noa, do saudoso Cleber Teixeira, em 1982, e a da Companhia das Letras, ampliada, em 1987. Sua revelação chegou a suscitar expressivas respostas em áreas mais seletas do nosso cancioneiro, contando-se entre elas as intervenções do compositor Livio Tragtenberg e de sua irmã soprano lírico Lucila, e de vários intérpretes da música popular, Walter Franco, Adriana Calcanhotto, Cid Campos, Tiago Araripe, Vitor Ramil, Antonio Farinaci, Edvaldo Santana. Precursora a participação de Livio, Lucila, Tiago e Walter no programa A Fábrica do Som n. 28 – Especial, de 1983, da TV Cultura, apresentado ao vivo no Sesc Pompeia em São Paulo. Lucila interpretando a “Canção de amor cantar eu vim”, melodia original de Arnaut, acompanhada por Livio ao piano e Cristiano Mota na flauta baixo. E Tiago, “Fiz um poema sobre nada”, de Guilhem de Peitieu, música de Livio, também ao piano. Walter, criando um mantra para as duas linhas de Bernart de Ventadorn, “Si no us vei dompna don plus mi cal / Negus vezer mon bel pensar no val”, na minha versão “Se eu não vejo a mulher que eu mais desejo / Nada que eu vejo vale o que eu não vejo”. Hoje, para não falar dos LPs, os CDs são de mais difícil acesso. Apesar disso, servem de boa referência, enquanto as tecnologias não disponibilizem outros meios, sob pena de se apagar toda uma história viva da música, que, pouco visitada, não tem outras reservas de sobrevivência. No YouTube, enquanto existir, podem ser ouvidas algumas peças importantes citadas na Discografia – canções de Arnaut Daniel e Guilhem de Peitieu, entre outras tantas. E também as interpretações de alguns de nossos cantores, músicos e compositores. Esta edição conta com acréscimos e matérias menos conhecidas, como a transcrição do artigo “Bonito demais”, de Ana Cristina Cesar, sobre o livro Mais provençais publicado poucos meses antes da trágica morte da poeta, em 1983. Bibliografia e discografia foram, o quanto possível, atualizadas. E aditei uma nota esclarecedora sobre o manuscrito perdido de Pound, que se supunha conter suas recriações completas do “corpus” arnaldiano, tendo sido encontradas, afinal, traduções de 16 canções, com algumas variantes, dentre as que compõem o pequeno mas grandioso acervo do trovador. Assim, poderá o presente volume ser de interesse mesmo para aqueles que adquiriram a primeira edição, há muito esgotada.“Provença o soube”, disse Ezra Pound. E quem quiser que o saiba também e respire o ar que vem da terra dos poetas.Augusto de Campos

Dados

Título: Invençao: De Arnaut E Raimbaut A Dante E Cavalcanti

ISBN: 9786586042153

Idioma: Português

Encadernação: Brochura

Formato: 16 x 23 x 2,5

Páginas: 288

Ano de edição: 2021

Edição:

Participantes

Autor: Augusto de Campos

Tradutor: Augusto de Campos

Autor

AUGUSTO DE CAMPOS

Augusto de Campos nasceu em 1931 em São Paulo. Poeta, ensaísta e tradutor, foi um dos criadores da poesia concreta. Sua obra poética, iniciada com O Rei Menos o Reino (1951), está parcialmente coligida nos livros Viva Vaia (1979) e Despoesia (1994). Traduziu poetas modernos, como Mallarmé, Pound, Joyce, Cummings, Maiakóvski, e antigos, dos trovadores provençais aos simbolistas franceses. Crítico de poesia (Re-Visão de Sousândrade, com Haroldo de Campos, e Kilkerry, Pagu: Vida-Obra, entre outros) e de música (Balanço da Bossa, Música de Invenção). Tem tido acentuada participação em atividades relacionadas com as novas “mídias”, apresentando seus poemas em painéis eletrônicos, holografias, projeções em laser, animações computadorizadas e eventos multidisciplinares. Da parceria com o músico Cid Campos, surgiu o CD e o espetáculo Poesia é Risco (1995), performance “verbovocovisual” de poesia/música/imagem. As animações poéticas digitais – os Clip-Poemas – fizeram parte da exposição Arte/Suporte/Computador, na Casa das Rosas, em São Paulo.