Padroes sociolinguisticos

Autor: William Labov
Editora: Parábola

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Sinopse

A publicação, em 1972, de Padrões sociolinguísticos [Sociolinguistic Patterns] representou o nascimento oficial de uma área dos estudos da linguagem que, desde então, não tem parado de se desenvolver em todo o mundo: a sociolinguística variacionista. Interessado, de início, em desvendar os enigmas da mudança linguística, William Labov acabou revelando a complexa relação desse fenômeno, diacrônico, com outro, sincrônico: a variação linguística. As línguas mudam porque variam – foi a revelação trazida por ele, ao resgatar dos subterrâneos da linguística estruturalista os falantes e suas interações sociais, elementos tidos como "perturbadores" pela primeira grande escola de estudos linguísticos do Ocidente, inaugurada por Ferdinand de Saussure na primeira década do século XX. As línguas mudam porque não existem "línguas": existem falantes de carne e osso, vivendo em sociedades complexas, hierarquizadas, heterogêneas, e que, eles sim, mudam as línguas — o que torna impossível desvincular os fatos de linguagem dos fatos sociais. A sociolinguística variacionista traz, desde seu surgimento, a marca dos conflitos políticos e ideológicos, uma vez que Labov criou um instrumental teórico capaz de aniquilar o mito da "deficiência verbal" das classes sociais subjugadas (e, no caso específico dos Estados Unidos, dos negros), estabelecendo a lógica gramatical inegável dos dialetos considerados "não padrão", isto é, das formas de falar das comunidades excluídas do poder e do controle social. O impacto dessas ideias tem sido profundo, já que refutam consistentemente a milenar classificação das formas linguísticas em "certas" e "erradas", e provam que a "língua padrão" (designada, no Brasil, com o infeliz rótulo de "norma culta") é tão somente um construto sociocultural e ideológico, que nada tem de intrinsecamente "bom", "bonito" e "elegante", adjetivos que só recebe por ser o modo de falar imposto pelas classes dominantes.

Dados

Título: Padroes sociolinguisticos

ISBN: 9788588456853

Idioma: Português

Encadernação: Brochura

Formato: 16 x 23

Páginas: 392

Ano copyright: 1972

Ano de edição: 2008

Edição:

Participantes

Autor: William Labov

Tradutor: Marcos Bagno

Autor

MARCOS BAGNO

Marcos Bagno é professor da Universidade de Brasília (UnB) e pesquisador associado do Instituto da Língua Galega, da Universidade de Santiago de Compostela. Escritor, poeta e tradutor, se dedica à pesquisa e à ação no campo da educação linguística, com interesse particular no impacto da sociolinguística sobre o ensino. Colabora em diversos meios de comunicação; é constantemente convidado a fazer conferências e a ministrar cursos no Brasil, na Argentina, no Uruguai, no Paraguai, na Espanha, na Itália, Colômbia e México. Tem diversos livros publicados, entre os quais se destacam A língua de Eulália – novela sociolinguística; Preconceito linguístico? – o que é, como se faz; Português ou brasileiro? Um convite à pesquisa; Língua materna – letramento, variação e ensino; A norma oculta – língua & poder na sociedade brasileira; Nada na língua é por acaso – por uma pedagogia da variação linguística; Não é errado falar assim – em defesa do português brasileiro; Gramática pedagógica do português brasileiro; Gramática de bolso do português brasileiro.