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Autor: Carlos Heitor Cony
Editora: Nova Fronteira
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Entre a rua e o seminário, cenário da adolescência do próprio Cony, Paixão segundo Mateus começa com mortes e investigações policiais, com uma mulher estirada na calçada, de camisola rosa apresentando manchas de sangue sujas de pó e uma fita vermelha entre os dedos. Quando o delegado sai de cena, ainda nas primeiras páginas, o leitor faz um longo passeio pela infância do seminarista Mateus em Vila Isabel, pelos escuros corredores de uma igreja pobre e abandonada e pela própria Igreja como instituição; visita um hospital católico, os escritórios de uma grande empresa patrocinadora de eventos culturais e os bastidores do Theatro Municipal. Os personagens e os cenários são marcados por infortúnios e desassossegos de corpo e alma: a igreja precariamente construída, onde apodrecem sinos belgas nunca instalados, e destruída pelo fogo; o padre manco que leva no corpo cicatrizes da obra de sua igreja e entrega as hóstias com sua “mão-garra”; o seminarista que se torna um advogado liderado pela irmã; a “amante-viúva” que se envolve com um padre mergulhado em tentações, um médico de “curetagens”, devorador de bananas e galinhas, e até “um camarada magrinho, sem queixo, muito bêbado, famoso nas adjacências pelos seus sambas”. O desencanto com a vida religiosa, que permeia toda a obra, se apresenta em meio a disputas e intrigas que se desenrolam entre igrejas, hospitais e a cidade; entre profano e sagrado; entre pianos e órgãos.
Título: Paixao Segundo Mateus
ISBN: 9786556405094
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 15,5 x 23 x 1
Páginas: 184
Ano copyright: 2022
Coleção:
Ano de edição: 2022
Edição: 1ª
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Autor: Carlos Heitor Cony
Carlos Heitor Cony nasceu no Rio de Janeiro em 1926, fez humanidades e curso de filosofia no Seminário de São José. Estreou na literatura ganhando por duas vezes consecutivas o Prêmio Manuel Antônio de Almeida (em 1957 e 1958) com os romances A Verdade de Cada Diae Tijolo de Segurança. Trabalhou na imprensa desde 1952, inicialmente no Jornal do Brasil, mais tarde no Correio da Manhã, do qual foi redator, cronista e editor. Depois de várias prisões políticas durante a ditadura militar e de um período no exterior, entrou para o grupo Manchete, no qual lançou a revista Ele e Ela e dirigiu as revistas Desfile e Fatos&Fotos. Foi colunista da Folha de S. Paulo e comentarista da rádio CBN. Eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2000, recebeu, entre outros, os prêmios: Machado de Assis, da ABL, pelo conjunto da obra, em 1996; Jabuti de 1996, da Câmara Brasileira do Livro, pelo romance Quase Memória; Nacional Nestlé de Literatura de 1997, pelo romance O Piano e a Orquestra; Jabuti de 1997, pelo romance A Casa do Poeta Trágico; Jabuti 2000, concedido ao Romance sem Palavras. Em 1998, o governo francês, no Salão do Livro, em Paris, condecorou-o com a L'Ordre des Arts et des Lettres. Cony faleceu em 5 de janeiro de 2018.