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Autor: Henriqueta Lisboa | Mario de Andrade
Editora: EDUSP
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Para Mário de Andrade, beber no copo dos outros foi uma das atitudes mais frequentes, por acreditar que o diálogo com o outro resultaria na realização de um projeto fraterno e coletivo, observa Eneida Maria de Souza. As cartas trocadas entre Mário de Andrade e Henriqueta Lisboa entre os anos de 1930 e 1945, os seis últimos anos de vida do artista, se destacam no conjunto da correspondência do escritor especialmente por dois motivos: pelo ritmo intenso da interação entre ambos, e o aparente paradoxo de duas personalidades tão distintas, com projetos literários muito diferentes, se abrirem a confidências e reflexões marcadamente pessoais, num nível de franqueza e complexidade raras vezes alcançado. Nas cartas mesclam-se temas do cotidiano, questões estéticas, lições de poesia; sua abertura e publicação permite melhor compreensão dos caminhos que a literatura brasileira seguiu até chegar à atual configuração.
Título: Correspondencia Mario De Andrade & Henriqueta Lisboa
ISBN: 9788531412301
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 18 x 25 x 2
Páginas: 400
Ano copyright:
Coleção: Correspondencia De Mario De Andrade - Vol. 1
Ano de edição: 2010
Edição: 1ª
Região:
Idioma:
Legenda:
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Áudio Original:
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Mário de Andrade nasceu em São Paulo no ano de 1893. Intelectual de uma riqueza impressionante, foi poeta, contista, romancista, musicólogo, cronista, esteta, epistológrafo, crítico de artes, de literatura, além de folclorista; tendo exercido enorme influência nas gerações que lhe sucederam. Em 1917, publicou seu primeiro livro, sob o pseudônimo de Mário Sobral, intitulado Há uma gota de sangue em cada poema, uma espécie de ensaio para 1922, quando participaria da Semana de Arte Moderna de São Paulo, movimento que mexeria com as bases da arte brasileira. No entanto, foram as inovações formais de outra obra poética sua, Pauliceia desvairada, publicada justamente em 1922, que o consolidaram como um dos maiores poetas da literatura brasileira. O célebre “Prefácio interessantíssimo”, texto de abertura da obra, tornou-se emblemático do movimento modernista no Brasil, podendo ser lido também como uma espécie de manifesto da poesia andradiana. A estreia de Mário como romancista se dá com Amar, verbo intransitivo (1927), livro bem-recebido pelos escritores modernistas, mas criticado pela intelectualidade tradicional, que estranha a temática ousada e censura certo desrespeito às regras gramaticais. Nesse texto, já se antecipa o experimentalismo de linguagem radicalizado em Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, de 1928, verdadeiro marco do modernismo brasileiro e uma das narrativas mais singulares de nossa literatura. Nesta obra, Mário de Andrade potencializa o uso literário da linguagem oral e popular e mistura folclore, lendas, mitos e manifestações religiosas de vários recantos do Brasil, como se fizessem parte de uma unidade nacional. Morreu em 1945, aos 52 anos, deixando um vazio nas Letras e mais de vinte livros publicados.