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Nunca na vida experimentei um Big Mac. Na minha filosófica inocência nominalista, sempre achei que um hambúrguer fosse apenas um hambúrguer. E que uma marca fosse apenas um nome, e vice-versa. Quanto ao McDonald''s, mera cadeia de fast-food. Até começar a ler este O nome da marca, os surpreendentes capítulos de Isleide Fontenelle sobre essa avassaladora máquina de moer. Fiquei então sabendo como se fabrica uma marca e no que consiste seu valor estratégico no capitalismo de imagem. E que, assim sendo, o sistema McDonald''s não atua no prosaico ramo da alimentação rápida, trata-se pelo contrário de um outro negócio, um inédito e bilionário gênero de show-business.'' (Paulo Eduardo Arantes em trecho do prefácio)Em O nome da marca: McDonald''s, fetichismo e cultura descartável, Isleide Fontenelle busca apreender o fetichismo das imagens na sociedade contemporânea. Para isso, se vale da marca publicitária. Na relação travada entre a sociedade e a marca publicitária - mais especificamente no universo da marca global para consumo de massa - encontra o fio condutor para pensar o funcionamento do fetichismo atual.Isleide Fontenelle utiliza um dos grandes paradigmas da marca global e de massa como suporte metodológico para o trabalho: o McDonald''s. Percorrendo sua história no interior da sociedade americana, desde a fundação da primeira lanchonete na década de 30 até nossos dias, a autora procura entender como foi se formando a atual sociedade das imagens.Nessa nova realidade social, Isleide Fontenelle revisita o conceito de fetiche, buscando compreender como e porque a sociedade contemporânea precisa dessas imagens para se constituir, pois o que se verifica é que, mesmo que a sociedade saiba que essas imagens são apenas ilusórias, paradoxalmente, age como se não soubesse.Embora uma marca de fast-food se apresente como um objeto aparentemente insignificante, através dela é possível ter um panorama claro do estágio atual da cultura. Isleide Fontenelle mostra a materialidade das marcas a partir da emergência do negócio McDonald''s, que começou como um drive-in e tornou-se uma cadeia de comida rápida de âmbito mundial. Esse exemplo ajuda a entender como a sociedade tornou-se predominantemente dominada pelas imagens.Isleide aborda a problemática do fetichismo procurando compreender porque a sociedade contemporânea precisa das imagens para se constituir. Torna-se claro que a realidade social permeada por imagens é sinônimo de cultura descartável. A autora chega ao âmago do processo do fetichismo das imagens.
Título: O Nome Da Marca
ISBN: 9788585934804
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 16 x 23 x 1,5
Páginas: 364
Ano copyright:
Coleção:
Ano de edição: 2002
Edição: 1ª
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Autor: Isleide Arruda Fontenelle
Organizador: Graziela Schneider | Isleide Arruda Fontenelle
Graziela Schneider Urso é tradutora, bacharel em Russo e Português, mestre e doutora em Literatura e Cultura Russa pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Trabalhou para o Fórum Social Mundial e para o Fórum Social Europeu, colaborou com a Marcha Mundial das Mulheres e foi professora substituta de russo na UFRJ. Para suas pesquisas, traduziu do russo contos da coletânea Primavera em Fialta, e capítulos de Outras Margens, de Vladímir Nabókov. Traduziu diversas autoras e autores russos, como Maiakóvski, Tolstói, Petruchévskaia, Téffi, Nabókov, Búnin, Kharms, Tolstói e Grin (Nova Antologia do Conto Russo, 2011), Ánnenkov e Dostoiévski (Antologia do Pensamento Russo, 2013). Também traduziu Ostras (2016), de Tchékhov, do russo para o espanhol. Organizou A revolução das mulheres: emancipação feminina na Rússia Soviética, lançado em 2017.