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Autor: Francisco de Oliveira
Editora: Boitempo
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Publicado primeiramente como um ensaio, em 1972, com o título 'A economia brasileira: crítica à razão dualista', este clássico da reflexão sobre o Brasil foi transformado em livro em 1973. Trinta anos depois, é reeditado pela Boitempo, batizado simplesmente de 'Crítica à razão dualista'. Somam-se a ele neste volume o ensaio 'O ornitorrinco', também de Francisco de Oliveira, e o 'Prefácio com perguntas', de Roberto Schwarz.Em Crítica à razão dualista, Chico de Oliveira propôs uma nova forma de pensar a economia brasileira, oposta à da intelectualidade da época que, ao mesmo tempo em que denunciava a miséria em que vivia (ainda vive) a maior parte da população latino-americana, mantinha seu esquema teórico amarrado à economia de mercado. Essa dualidade, segundo Chico, 'reconciliava o suposto rigor científico das análises com a consciência moral', levando a proposições reformistas que reduziam a luta de classes à demanda. Crítica à razão dualista tenta apanhar esses caminhos cruzados: como 'crítica, ela pertence ao campo marxista; como especificidade, pertence ao campo cepalino. Quanto à teoria do subdesenvolvimento, ela seria em parte responsável pela não formulação de uma análise do capitalismo no Brasil'. Três décadas depois, a obra de Chico de Oliveira continua sua busca pela intersecção permanente entre a política, a economia e a sociedade brasileira e seus conflitos. Foi assim que ele promoveu a atualização de sua Crítica, escrevendo O ornitorrinco, nome que deu ao Brasil de hoje, sob o signo de Darwin: 'altamente urbanizado, pouca força de trabalho e população no campo, dunque nenhum resíduo pré-capitalista; ao contrário, um forte agrobusiness. Um setor industrial da segunda Revolução Industrial completo, avançando, tatibitate, pela terceira revolução, a molecular-digital ou informática. (...) Mas esta é a descrição de um animal cuja 'evolução' seguiu todos os passos da família! Como primata ele já é quase Homo sapiens! Parece dispor de 'consciência', pois se democratizou há já quase três décadas. Falta-lhe, ainda, produzir conhecimento, ciência e técnica: basicamente segue copiando, mas a decifração do genoma da Xylella fastidiosa mostra que não está muito longe de avanços fundamentais no campo da biogenética; espera-se apenas que não resolva se autoclonar, perpetuando o ornitorrinco'. Esse bicho, que não é isso nem aquilo - um animal improvável na escala da evolução -, foi a forma encontrada por Chico para qualificar a espécie de capitalismo que se gerou no país e que não dá mostras de mudança no momento mesmo em que o Partido dos Trabalhadores chega à Presidência da República. Somado aos dois ensaios do autor, neste volume encontramos o magnífico 'Prefácio com perguntas', de Roberto Schwarz. Mais que uma bela e original análise da obra de Chico, esse prefácio é um chamado a que pensemos o mundo além do estreito pragmatismo corrente. O que o leitor terá em mãos representa uma contribuição - e uma provocação - inestimável nestes tempos que continuam obscuros e deveriam desvelar uma aurora.
Título: Critica A Razao Dualista / O Ornitorrinco
ISBN: 9788575590362
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 16 x 23 x 0,8
Páginas: 150
Ano copyright: 2003
Coleção:
Ano de edição: 2003
Edição: 1ª
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Autor: Francisco de Oliveira
Roberto Schwarz é o maior crítico literário marxista do Brasil. Nascido em Viena, Áustria, em 1938, e naturalizado brasileiro, graduou-se em ciências sociais pela USP, em 1960 tendo participado do ilustre "Seminário Marx" — grupo organizado em torno de José Arthur Giannotti para estudar O capital — junto com Fernando Novais, Paul Singer, Octavio Ianni, Ruth Cardoso, Fernando Henrique Cardoso, Bento Prado Jr., Francisco Weffort, Michael Löwy, Emir Sader, Gabriel Bolaffi, Sergio Ferro, entre outros. Fez mestrado em literatura comparada na Universidade de Yale e doutorado na Universidade de Paris III, Sorbonne. Autor de dois livros clássicos sobre Machado de Assis — Ao vencedor as batatas (1977) e Um mestre na periferia do capitalismo (1990) — é considerado um dos principais continuadores da tradição crítica inaugurada por Antonio Candido. Em 2013, Schwarz participou da mesa "Debate sobre os estudos d'O capital no Brasil", com José Arthur Giannotti, Emir Sader, João Quartim de Moraes e Sofia Manzano (mediação), durante o seminário "Marx: a criação destruidora.