Tu nao te moves de ti

Autor: Hilda Hilst
Editora: Biblioteca Azul

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Sinopse

Hilda Hilst reflete sobre o existencialismo costurando três histórias em Tu não te moves de ti. Tu não te moves de ti é uma das obras mais densas de Hilda Hilst. Com seu modo peculiar de narrativa fragmentada e convulsiva, a autora constrói três novelas distintas entre si, mas conectadas em linha de pensamento. Em Tadeu (da razão), o personagem homônimo é um empresário bem-sucedido, mas que ao chegar na crise de meia-idade passa a se questionar sobre a própria existência e a vida de aparências que leva em companhia da mulher, Rute. Sentindo-se deslocado do círculo de amizades do qual sempre fez parte, Tadeu deseja romper não só com os companheiros de frívolos programas de outrora, mas com a esposa e o mundo ao qual sente não mais pertencer. Ele deseja seus livros e a liberdade da criação artística, esta última mantida sempre no ostracismo, em detrimento do trabalho administrativo na empresa. Mas Rute não o acompanha nesse ponto de mudança, e uma ruptura se faz necessária.O segundo conto, Matamoros (da fantasia), relata a trajetória de Maria Matamoros, uma menina habituada desde muito cedo ao contato com os homens. Ela atribui sua disposição para as brincadeiras sexuais à curiosidade: Desde sempre tudo toquei, só assim é que conheço o que vejo. Sua mãe, Haiága, chocada com o comportamento da filha de apenas oito anos, decide chamar um sacerdote para exorcizar Matamoros. Também o religioso se envolve com ela. A sexualidade da jovem se torna problemática quando ela começa a disputar com a mãe o amor do mesmo homem. Ciumenta, Matamoros chega até mesmo a desejar a morte da mãe. Na delicada trama que se forma, maternidade e decrepitude são temas que ganham densidade. A situação se agrava, porém, quando a vidente Simeona diz a Matamoros que ela ama uma fantasia, um homem que não existe.O conto que encerra o volume, Axelrod (da proporção), retrata as especulações do professor Axelrod Silva, sobrinho de Haiága, sobre a roda axial da história. Novamente a reflexão sobre o tempo e a finitude dominam a narrativa. Nesta última história, porém, Hilst dispõe seu caos paradoxalmente ordenado de modo a brincar com o leitor, submetendo-o a um olhar ainda mais esfacelado do que nas duas primeiras novelas. No todo, Tu não te moves de ti versa de forma espetacular sobre as inquietações mais profundas do homem, revelando suas falhas, maravilhas e obscuridades.

Dados

Título: Tu Nao Te Moves De Ti

ISBN: 9788525038531

Idioma: Português

Encadernação: Brochura

Formato: 12,5 x 21

Páginas: 192

Ano copyright: 2001

Ano de edição: 2004

Edição:

Participantes

Autor: Hilda Hilst

Autor

HILDA HILST

Hilda Hilst nasceu em 1930, em Jaú. Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo. Hilda Hilst publicou seu primeiro livro de poesia, Presságio, em 1950 e, a partir de 1954, passou a se dedicar integralmente à produção literária. Entre 1955 e 1962, publicou diversas obras de poesia, entre elas Balada do festival e Ode fragmentária. Ainda nesta época, seus versos serviram de inspiração para Adoniran Barbosa, que compôs as músicas Quando te achei e Quando tu passas por mim, baseado nos poemas do livro Trovas de muito amor para um amado senhor. Entre 1965 e 1966 transferiu-se para Campinas, onde passou a morar na "Casa do Sol", construção próxima à fazenda de sua mãe e que foi freqüentada por artistas de diversas áreas. Em 1968 escreveu peças teatrais, como O visitante e O novo sistema. Em 1992, passou a colaborar como cronista no "Caderno C", do jornal Correio Popular, de Campinas, onde permaneceu até 1995. Dentre as diversas obras da autora, destacam-se A obscena senhora D, Bufólicas, Fluxo-floema, seu primeiro livro de ficção, e a trilogia obscena composta pelos títulos O caderno rosa de Lori Lamby, Contos d'escárnio/Textos grotescos e Cartas de um sedutor. Além do Prêmio Moinho Santista pelo conjunto da obra poética, recebido em 2002, Hilda Hilst foi agraciada com o Prêmio Anchieta de Teatro pela peça O verdugo, em 1969; com o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) na categoria "Melhor livro do ano" em 1977, por Ficções; com o Grande Prêmio da Crítica pelo conjunto da obra, também da APCA, em 1981; e ainda com o Prêmio Jabuti por Rútilo nada, em 1994, entre outros. Hilda Hilst faleceu em 4 de fevereiro de 2004, em Campinas.