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Autor: Francis Wolff
Editora: UNESP
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O que é o homem? Francis Wolff se debruça, nesta obra, sobre quatro conceitos que pretenderam definir o ser humano ao longo da história para mostrar que a percepção do que é a humanidade modifica-se através dos tempos, varia conforme as culturas, atrela-se aos projetos científicos de cada período e, principalmente, produz amplos reflexos morais nas sociedades.O filósofo analisa os conceitos de “homem neuronal” (o ser humano contemporâneo), de “sujeito estrutural”, que predomina entre o século 19 e o fim do século passado, o de homem como “estreita união de uma alma e de um corpo”, de Descartes, que emerge na Idade Clássica, e o de “homem racional”, originado da filosofia de Aristóteles.Para Wolff, as definições inspiradas em Aristóteles e Descartes só podem ser compreendidas no âmbito dos projetos epistemológicos de cada um desses pensadores – ou seja, da revolução nas Ciências naturais que eles pretendiam fundar. Assim, a Ciência antiga da natureza concebida por Aristóteles baseia-se na concepção do homem como “animal racional” – que é para ele o objeto por excelência do conhecimento científico. E a Ciência moderna da natureza de Descartes, escorada na ideia de que o homem é uma “estreita união de uma alma e de um corpo”, remete aos polos subjetivo e objetivo da nova Física. Mas, se até a Idade Clássica a Ciência “depende” do ser humano, entendido como “homem racional” ou “estreita união de uma alma e de um corpo”, na era contemporânea essa relação se inverte. Desde o século 19 é o projeto científico que “funda” ou ao menos garante as bases dos conceitos de humanidade. Desse modo, defende Wolff, o “homem estruturalista”, ou “sujeito sujeitado”, considerado à luz da Psicanálise ou da Antropologia Cultural, e o “homem neuronal”, do século 21, são ambos senhores, embora ao mesmo tempo sejam sujeitos, das novas Ciências: o primeiro, das Ciências Humanas e Sociais; o último, das Ciências cognitivas, da Biologia da evolução e da Neurociência. Ornadas com a “aura” das ciências, as “figuras” do homem desenhadas no decorrer do tempo emanam credibilidade e moldam a vida, as relações sociais, os comportamentos. Podem justificar, por exemplo, o racismo, o totalitarismo, o anti-humanismo contemporâneo. Wolff escreve: “Nossa maneira de tratar os anoréxicos, de reprimir ou tratar a homossexualidade, ou justamente de não reprimi-la nem tratá-la, de educar os filhos ou de punir os delinquentes, de cuidar dos animais ou de medir o poder das máquinas depende da definição que dermos ao homem. Trata-se de determinar quais seres são dotados de ‘direitos’”.
Título: Nossa humanidade: de aristoteles as neurociencias
ISBN: 9788539303700
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 16 x 23
Páginas: 336
Ano copyright: 2010
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Ano de edição: 2012
Edição: 1ª
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