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Autor: Friedrich Nietzsche
Editora: Editions Allia
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À travers la figure emblématique de David Strauss, ce sont les philistins de la culture allemande que Nietzsche attaque vigoureusement. Pour réaliser ce projet, il distingue clairement la Kultur de l’homme instruit de la Bildung, propre de l’homme cultivé. L’homme instruit, le philistin, est celui qui vit dans l’illusion de posséder un savoir, qui par essence lui échappe puisqu’il ne l’interroge pas. Or, selon Nietzsche, la culture implique l’idée de sens critique, d’autonomie du jugement, de perception du sens de ce qui existe. Elle passe par une bonne maîtrise de la langue, une connaissance des grandes œuvres de l’art et de la pensée, une ouverture à la démarche scientifique, une idée des lois et des institutions qui régissent la société dans laquelle nous vivons. La Bildung est ce qui permet à l’homme d’être un homme, d’échapper aux déterminismes biologiques et sociaux, d’accéder à la conscience, à la liberté. C’est ainsi que Nietzsche en vient à s’ériger contre l’idée hégélienne selon laquelle il existerait un moment de l’histoire qui échapperait à l’histoire et d’où il serait possible à l’homme de porter un jugement sur la totalité de celle-ci. Pour Nietzsche, l’homme est jeté là, il n’appartient pas à une histoire, mais à une pure fatalité. C’est donc à lui, par le biais de la culture, Bildung, de s’y déterminer. Et le sérieux de ce propos n’exclut en rien le rire. Jouant du double sens du terme strauss (“bouquet” ou “autruche” en allemand), Nietzsche emploie l’arme la plus forte dont il puisse faire usage, à savoir l’ironie, pour moquer la pensée de son adversaire qu’il n’hésite pas à qualifier de “pensée de l’autruche”.
Título: Premiere Consideration Inactuelle
ISBN: 9782844853226
Idioma: Francês
Encadernação: Brochura
Formato: 10 x 17
Páginas: 143
Ano copyright: 1873
Coleção:
Ano de edição: 2009
Edição: 1ª
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Friedrich Wilhelm Nietzsche (Roecken, 1844-1900) foi um dos mais importantes filósofos do século XIX. De genialidade precoce, aos dez anos já fazia suas primeiras composições musicais e aos quatorze tornou-se professor numa Escola Rural. Estudou Filologia e Teologia nas Universidades de Bonn e Leipzig e, aos vinte anos, conheceu a obra do filósofo Schopenhauer, uma de suas maiores influências. Com apenas vinte e quatro anos foi chamado para a cadeira de Língua e Literatura Grega na Universidade da Basiléia, na Suíça. Ocupou-se também da disciplina de Filologia Clássica e foi professor durante dez anos. Em 1872, publicou seu primeiro livro, O nascimento da tragédia, ensaio que viria a se tornar um clássico na história da estética. Humano, demasiado humano, foi publicado em 1878, época em que as dores que o filósofo já sentia há algum tempo, começam a progredir. “De dor e cansaço estou quase morto”, escreve numa carta a uma amiga. Escreveu várias obras de ensaios e aforismos, até o início de 1889, quando enlouqueceu: A gaia ciência (1882), Assim falou Zaratustra (1883-1885), sua obra-prima, e Ecce homo e O Anticristo (ambas de 1888). Deixou também milhares de páginas de anotações, publicadas postumamente. Nietzsche exerceu (e continua a exercer) profunda influência sobre o pensamento e a literatura ocidentais.