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Publicado originalmente em 1945, A ROSA DO POVO, revela, em grande parte de seus poemas, a plena maturidade do poeta Drummond, representando o auge de um processo que tem suas origens em Sentimento do Mundo, seu livro anterior. Em contraponto a uma realidade de guerras e genocídio e à ditadura do Estado Novo, A ROSA DO POVO surge trazendo a solidariedade entre os homens e a busca de uma identidade particular em um mundo em crise como temas principais. Considerado pela crítica como um dos livros mais fortes e significativos de Carlos Drummond, A ROSA DO POVO, possui uma riqueza inigualável de ritmos e harmonia em seus versos, atingindo a oralidade de um poema que poderia ser lido em praça pública. "Não rimará sono com outono", diz o poeta em um de seus versos, recusando assim a obrigação da rima com belíssimos versos livres. Alguns poemas de A ROSA DO POVO como Retrato de Família e Rua da Madrugada, revelam um Drummond mais voltado para si, em plena maturidade poética. Essa característica, que também mostra o poeta mais ligado à família e à sua terra, explica o porque da rua universal de Itabira, sua cidade natal, que começa na própria e termina em qualquer lugar do mundo, como explica em um de seus poemas. Pela rua do poeta passam índios, negros, mexicanos, turcos e uruguaios, comprovando sua universalidade. O tom dos poemas de A ROSA DO POVO é nitidamente mais metafísico que de seus livros anteriores, estando a poesia menos ligada ao presente e mais interessada na essência da vida. Apesar da aparente contradição inicial, onde predomina a abordagem de temas políticos, a opção do poeta acaba ficando nítida quando adquire a consciência de que a poesia se faz principalmente com a palavra, e não com fatos, e escolhe uma causa superior a um partido ou à uma ideologia - essa causa é o homem. O conflito de Drummond em A ROSA DO POVO é o mesmo de qualquer ser humano: "Eu versus Mundo", como ele mesmo diz, é a circunstância que provoca uma reflexão poética sobre o indivíduo. A obra do poeta acaba descrevendo a trajetória de um personagem gauche, o próprio autor, em três atos, que se seguem:Eu maior que o MundoEu menor que o MundoEu igual ao MundoA ROSA DO POVO é um livro crucial na obra de Carlos Drummond de Andrade e sua releitura revela a permanente contemporaneidade de sua poesia.
Título: A Rosa Do Povo
ISBN: 9788501061362
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 14 x 21
Páginas: 240
Ano copyright:
Coleção:
Ano de edição: 2001
Edição: 23ª
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Legenda:
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Autor: Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.
Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Em 1954 começou a colaborar como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.
Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.