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Autor: Paulo Freire | Donaldo Macedo
Editora: Paz e Terra
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Paulo Freire e Donaldo Macedo em crítica rigorosa e inovadora às propostas tradicionais de alfabetizaçãoA leitura do mundo precede a leitura da palavra, da mesma maneira que o ato de ler palavras implica necessariamente uma contínua releitura do mundo. Partindo dessa premissa básica, Paulo Freire, em colaboração com Donaldo Macedo, utiliza em Alfabetização: Leitura do mundo, leitura da palavra sua experiência pedagógica em Guiné-Bissau para dissecar o ato da leitura em todas as suas dimensões. Seu objetivo: desvelar e difundir pressupostos teóricos e subsídios contidos em um dos seus principais projetos pedagógicos, pelo qual e no qual investiu dedicação e empenho ao longo de toda a vida – a alfabetização de jovens e adultos das camadas populares, a quem fora negado o direito da alfabetização no momento e tempo adequados.Alfabetização: Leitura do mundo, leitura da palavra tece uma crítica rigorosa e inovadora às propostas tradicionais de alfabetização desenvolvidas em nosso país e nos Estados Unidos, as quais, na maioria das vezes, buscam o aprendizado da língua oficial pelo chamado padrão culto. Considerando a alfabetização um processo que deve ao mesmo tempo resgatar e recriar a experiência vivida pelo alfabetizando, Paulo Freire teoriza e pratica uma alfabetização crítica e libertadora, que instrumentaliza a classe oprimida, para que possa alcançar a reapropriação de sua história pela construção coletiva do conhecimento, reabilitando sua capacidade de intervir nas transformações de seu contexto social.A alfabetização assim proposta tem, na linguagem utilizada pelo alfabetizando, um instrumento de expressão de seus anseios, necessidades, medos, sonhos e aspirações. E isso torna Alfabetização: Leitura do mundo, leitura da palavra um livro cada vez mais atual. A edição conta com prefácio de Ann E. Berthoff, introdução de Henry A. Giroux e, no apêndice, uma carta de Paulo Freire a Mário Cabral.Em 1963, em Angicos, interior do Rio Grande do Norte, trezentos trabalhadores rurais foram alfabetizados em apenas 40 horas, pelo método proposto por Paulo Freire. Esse foi o resultado do projeto-piloto do que seria o Programa Nacional de Alfabetização do governo de João Goulart, presidente que viria a ser deposto em março de 1964. Em outubro desse mesmo ano, Freire deixou o Brasil para proteger a própria vida. Apenas voltou a visitar o país em 1979, com a abertura democrática. Ao longo de sua história, Paulo Freire recebeu mais de cem títulos de doutor honoris causa, de diversas universidades nacionais e estrangeiras, além de inúmeros prêmios, como Educação para a Paz, da Unesco, e Ordem do Mérito Cultural, do governo brasileiro. Integra o International Adult and Continuing Education Hall of Fame e o Reading Hall of Fame. * “O educador progressista rejeita os valores dominantes impostos à escola porque possui um sonho diferente, porque quer transformar o status quo. Naturalmente, transformar o status quo é muito mais difícil do que mantê-lo. A questão que você propôs tem a ver exatamente com essa teoria. Como disse, o espaço educacional reproduz a ideologia dominante. Contudo, é possível, dentro das instituições educacionais, atuar contrariamente aos valores dominantes impostos.”
Título: Alfabetizaçao: leitura do mundo, leitura da palavra
ISBN: 9788577534296
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 13,5 x 20,5 x 1,2
Páginas: 272
Ano copyright:
Coleção:
Ano de edição: 2021
Edição: 8ª
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Paulo Reglus Neves Freire nasceu no dia 19 de Setembro de 1921, na cidade de Recife, Pernambuco. Sua família era de classe média, mas todos vivenciaram a pobreza durante os amargos tempos da crise de 1929. Era empenhado em ensinar os mais pobres, e seu método de ensino se tornou referência e inspiração para até as atuais gerações, tanto na América Latina, como na África. Um exemplo disso foi que, em 1963, ajudou 300 adultos a lerem e escreverem em apenas 45 dias, mediante um inovador método de alfabetização. Seu projeto educacional estava ligado ao nacionalismo desenvolvimentista do Governo de João Goulart. Isso fez com que, Durante a Ditadura militar no Brasil, sofresse perseguição, fosse acusado de subversão e passou 72 dias na prisão. Foi condenado ao exílio, partindo para o Chile, trabalhando durante cinco anos no instituto Chileno para a Reforma Agrária. Foi nesse período que escreveu sua principal obra Pedagogia do Oprimido (1968). Já em 1969, Paulo Freire lecionava na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e na década seguinte se tornou consultor do Conselho Mundial das Igrejas (CMI) na cidade de Genebra, Suíça. Prestou auxílio educacional a muitos países pobres africanos, que estavam no início de sua independência. Após passar 16 anos exilado do Brasil, voltou ao País em 1980, e escreveu dois dos livros fundamentais de sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995). Foi professor da Unicamp e da PUC-SP, e secretário de Educação da cidade de São Paulo em 1989. Paulo Freire faleceu em 2 de maio de 1997, por infarto, na cidade de São Paulo. O educador recebeu diversos prêmios, nacionais como internacionais, dentre os quais Educação para a Paz, das Nações Unidas, em 1986; e Educador dos Continentes, da Organização dos Estados Americanos, em 1992.