Home › Livros › Humanidades › Filosofia
Autor: Walter Benjamin
Editora: 7 Letras
PREVISÃO DE POSTAGEM: Até 3 dias úteis.
De: R$ 75,00
Por: R$ 66,75
em até 3x sem juros
Centro de um texto sem centro, núcleo da escrita móvel de Benjamin, Berlim abre-se ao leitor dessa Crônica como um dia teria se aberto, cheia de mistérios, fulgurações e fantasmagorias, aos olhos e aos ouvidos da criança que passeou pelas suas ruas. As imagens deslocadas, os sons mais insignificantes são recuperados no texto, que se volta quase sempre para cenas da vida comum. São nelas, nessas cenas – nas visitas à casa da avó, nas manhãs de compras, na frequentação dos parques e do Zoo, na rotina e na arquitetura interior dos cafés – que o espaço se revela de fato. A cidade é como um organismo vivo – como a própria memória: cresce e modifica-se permanentemente, desfigura-se. Também pode, em certo sentido, desaparecer. A cidade-livro, que se deixa ler e que demanda ser escrita continuamente.Walter Benjamin nunca terminou esta Crônica de Berlim. Ele passou boa parte da última década de sua vida, de um modo ou de outro, envolvido com o texto. Ecos e ricochetes dele podem ser encontrados em diferentes projetos da época – nos anos anteriores (como em Rua de mão única) e nos seguintes (em diversos ensaios, nas Denkbilder, mas sobretudo na Infância berlinense). Os fragmentos fumegantes de sua escrita – pedaços arrancados da memória, troços tomados diretamente do corpo da cidade em vias de desaparecer – permaneceram inconclusos, o que é o mesmo que dizer: abertos, maleáveis, infinitamente expansíveis.[Gustavo Silveira Ribeiro (ufmg)]
Título: Cronica De Berlim
ISBN: 9786559056736
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 14 x 21
Páginas: 188
Ano copyright:
Coleção:
Ano de edição: 2024
Edição: 1ª
Região:
Idioma:
Legenda:
País de produção:
Formato de tela:
Áudio Original:
Tempo de Duração:
Quantidade de discos:
Selo:
Código:
Autor: Walter Benjamin
Walter Bendix Schönflies Benjamin, filósofo e crítico literário, nasceu em Berlim em 1892 e se suicidou em 1940, na fronteira da França com a Espanha, durante uma tentativa de fuga dos nazistas. A rejeição de sua tese de habilitação, “A origem do drama barroco alemão”, o impediu de exercer a docência universitária na Alemanha. A partir de 1924 descobriu o marxismo, através da obra de Lukács, e se tornou simpatizante do movimento comunista. Foi associado à Escola de Frankfurt, o Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt, criado em 1923, e seus principais escritos versam sobre o materialismo histórico, a estética e a arte, o idealismo alemão e, de maneira geral, o marxismo ocidental. Em seus ensaios, combina referências literárias e artísticas com filosofia e sociologia. Em 1933, com a tomada do poder dos nazistas, exilou-se na França. Foi amigo e correspondente de Theodor Adorno, Max Horkheimer, Gershom Scholem, Bertolt Brecht e Hannah Arendt. Seu último escrito, as Teses sobre o conceito de história, de 1940, associa o materialismo histórico ao messianismo revolucionário. Sua obra, de caráter fragmentário e ensaístico, foi parcialmente publicada em coletâneas no Brasil, incluindo Passagens (2006) e três volumes de Obras escolhidas: Magia e técnica, arte e política (1985), Rua de mão única (1987) e Charles Baudelaire, um lírico no auge do capitalismo (1989).