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Autor: Ladislau Dowbor
Editora: Elefante
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Neste livro, Ladislau Dowbor dá continuidade ao esforço de compreender o funcionamento da economia contemporânea e seus níveis obscenos de desigualdade social, destruição ambiental e concentração de poder, resultando na corrosão acelerada da democracia e dos pressupostos que regeram o capitalismo no pós-guerra. Aliás, o autor defende que o termo “capitalismo” já não serve para descrever o sistema. Daí que denomine essa nova fase como “revolução digital”, na qual o conhecimento é o principal fator de produção — e o rentismo, o mecanismo de exploração por excelência. Além do diagnóstico, Dowbor oferece uma lista de desafios a serem enfrentados para combater os tempos sombrios que já chegaram. *** A lógica do conjunto da economia mudou, resultado da revolução digital — tão profunda, a meu ver, como foi a Revolução Industrial mais de dois séculos atrás. É necessário ir além das análises de como o passado se deforma em diversos aspectos, e entender qual é a nova realidade que está surgindo, em termos sistêmicos. Estamos enfrentando um sistema muito mais perverso do que o capitalismo industrial, que era sem dúvida explorador, mas também produtivo. A desigualdade hoje se aprofunda de maneira mais acelerada, e com pouca base produtiva: é um sistema essencialmente extrativo que se dá à custa de uma destruição ambiental cada vez mais catastrófica. Pior: gera um controle político que destrói a democracia e, portanto, nossa capacidade de reverter o processo. Chamar isso de “capitalismo”, por mais explorador que ele tenha sido, é lhe dar um verniz de legitimidade. Em termos de enfoque geral, em vez de elencar as deformações do capitalismo que conhecíamos, acrescentando-lhe qualificativos, a ideia é pensar o novo sistema que está emergindo. […] O foco da presente pesquisa são as atuais mudanças, mais aceleradas e profundas do que foi a própria Revolução Industrial relativamente à era feudal. A agricultura não desapareceu, mas o eixo transformador passou a ser a indústria. Hoje, a agricultura e a indústria não deixam de ter relevância, mas quem manda são os teclados e o sistema de controle digital. Não apresento aqui um elenco das nossas desgraças. Os dramas sociais e ambientais que nos desafiam estão escancarados, bem como o caótico comportamento das grandes corporações que os geram. Por trás das desgraças há o problema maior, que é o da nossa impotência para enfrentá-las. Ou seja, o que está no centro da discussão é a questão da governança: como assegurar um processo decisório que nos permita reverter as tendências? Nossos potenciais tecnológicos ultrapassaram em muito nossa capacidade de organização social e os próprios valores que deveriam reger o seu uso. Não hesito dizer que enfrentamos uma crise civilizatória.— Ladislau Dowbor, na apresentação
Título: Os Desafios Da Revolução Digital: Libertar O Conhecimento Para O Bem Comum
ISBN: 9786560080690
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 13 x 18
Páginas: 254
Ano copyright:
Coleção:
Ano de edição: 2025
Edição: 1ª
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Autor: Ladislau Dowbor
Ladislau Dowbor nasceu na França, em 1941, de pais poloneses que emigraram para o Brasil depois da Segunda Guerra Mundial. Passou a infância em João Monlevade, onde seu pai era engenheiro da Belgo-Mineira. Em 1956 radicou-se em São Paulo, onde vive até hoje. Em 1964 viajou para a Suíça, onde se formou em economia política, pela Universidade de Lausanne. Voltou ao Brasil em 1968 e participou ativamente do movimento de oposição ao regime, sendo banido em 1970. Passou 11 anos no exilio. Durante esse período, viveu dois anos fazendo pesquisa na Argélia, três anos na Polônia, onde se doutorou em ciências econômicas pela Escola Central de Planificação e Estatística de Varsóvia, e dois anos em Portugal, onde foi professor da Universidade de Coimbra. Em 1979, foi nomeado conselheiro técnico principal das Nações Unidas para a Planificação do Desenvolvimento, participando de negociações com o Banco Mundial, FMI, Comecon e outros organismos internacionais. A partir de 1979, trabalhou como consultor do secretário-geral das Nações Unidas para assuntos de economias em crise. Anistiado, voltou ao Brasil em 1981, e trabalha atualmente como professor titular em economia e administração na pós-graduação da PUC de São Paulo. É autor de cerca de 40 livros próprios e em colaboração.