Macunaima: o heroi sem nenhum carater

Autor: Mario de Andrade
Editora: Urutau

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Sinopse

Reivindicar a ancestralidade da espiritualidade indígena significa anunciar a quem desconhece, especialmente quem colonizou e seus herdeiros, que os espíritos, os nossos avôs, permanecem vivos apesar de terem sido exaustivamente esvaziados e/ou deturpados de suas formas, culturas e povos. A fortuna crítica modernista brasileira redundou sobre o processo criativo de Mário de Andrade, apagando as origens indígenas sem nenhum compromisso com os povos ao qual a bricolagem aconteceu. Conhecer o movimento de Literatura Indígena Contemporânea; a manifestação de Makunaimã na literatura indígena com representações que consideram seu pertencimento e sua complexidade; a fortuna crítica brasileira que reforçou e reforça o apagamento da propriedade espiritual e intelectual indígena via metodologia da exclusão é o que busco mostrar neste posfácio.É importante que, em reedições de obras canônicas, editoras e o sistema crítico em que tais livros circulam, no Brasil e aqui em Portugal, observem que tais obras, nem mesmo esta, não são ingênuas, neutras ou traduzem apenas a mentalidade de seu tempo, mas que justamente sua circulação, seu tratamento e a crítica que delas derivam têm consequências reais e negativas para os sujeitos e os povos indígenas no tempo presente. Por isso proponho o estudo concomitante e urgente da Literatura Indígena Contemporânea de modo comparado com o cânone literário brasileiro, ou seja, esta leitura de Macunaíma não pode se dar de forma isolada ou ignorando a autoria indígena das netas e netos de Makunaimã.(…)Trudruá Dorrico

Dados

Título: Macunaima: O Heroi Sem Nenhum Carater

ISBN: 9786559005031

Idioma: Português

Encadernação: Brochura

Formato: 15,7 x 21,5 x 1,5

Páginas: 190

Ano copyright: 2023

Ano de edição: 2023

Edição:

Participantes

Autor: Mario de Andrade

Autor

MARIO DE ANDRADE

Mário de Andrade nasceu em São Paulo no ano de 1893. Intelectual de uma riqueza impressionante, foi poeta, contista, romancista, musicólogo, cronista, esteta, epistológrafo, crítico de artes, de literatura, além de folclorista; tendo exercido enorme influência nas gerações que lhe sucederam. Em 1917, publicou seu primeiro livro, sob o pseudônimo de Mário Sobral, intitulado Há uma gota de sangue em cada poema, uma espécie de ensaio para 1922, quando participaria da Semana de Arte Moderna de São Paulo, movimento que mexeria com as bases da arte brasileira. No entanto, foram as inovações formais de outra obra poética sua, Pauliceia desvairada, publicada justamente em 1922, que o consolidaram como um dos maiores poetas da literatura brasileira. O célebre “Prefácio interessantíssimo”, texto de abertura da obra, tornou-se emblemático do movimento modernista no Brasil, podendo ser lido também como uma espécie de manifesto da poesia andradiana. A estreia de Mário como romancista se dá com Amar, verbo intransitivo (1927), livro bem-recebido pelos escritores modernistas, mas criticado pela intelectualidade tradicional, que estranha a temática ousada e censura certo desrespeito às regras gramaticais. Nesse texto, já se antecipa o experimentalismo de linguagem radicalizado em Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, de 1928, verdadeiro marco do modernismo brasileiro e uma das narrativas mais singulares de nossa literatura. Nesta obra, Mário de Andrade potencializa o uso literário da linguagem oral e popular e mistura folclore, lendas, mitos e manifestações religiosas de vários recantos do Brasil, como se fizessem parte de uma unidade nacional. Morreu em 1945, aos 52 anos, deixando um vazio nas Letras e mais de vinte livros publicados.