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Autor: Wilhelm Jensen
Editora: 100/CABEÇAS
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Ao trazer para o primeiro plano as implicações do inconsciente sobre a realidade, oromance de Wilhelm Jensen influenciou nomes como Jung, Freud, André Breton, MarxErnst e Marcel Duchamp.Imersão no universo do desejo, que se sobrepõe à realidade, construção de símbolos queganham vida própria e a busca inconsciente por mitos subjacentes. Esses são alguns dostemas de Gradiva de Wilhelm Jensen, livro de impacto e narrativa singular, que inspirounomes como Sigmund Freud, Carl G. Jung e André Breton a reelaborarem suas pesquisasno campo da psicanálise, simbolismo, arte e pensamento revolucionário.O enredo de Gradiva - uma fantasia pompeiana (1903), com tradução de Claudio Willer eDiogo Cardoso, gira em torno de uma viagem desencadeada a partir de um sonho epermeada por elementos oníricos. Gradiva é o nome de uma peça gravada em baixo-relevoe estudada pelo arqueólogo Norbert Hanold, que parte para Pompeia em busca dosvestígios da mulher que teria dado origem a esse objeto.Willer, que apresenta esta edição, destaca que “o sonho não-sonhado” de Jensen “entra nacategoria das narrativas oníricas pela qualidade poética das descrições de recantosmediterrâneos. E também por inconsistências, ou ao menos pelo desprezo por algumasregras que norteiam a narrativa realista”.PsicanáliseAo trazer na narrativa as intersecções do inconsciente na realidade, a obra teve forteimpacto nos estudos psicanalíticos. Apresentado à narrativa por Jung, Freud dedicou a elao ensaio Delírio e sonhos na Gradiva de Jensen (1907).Além de impulsionar a repercussão da obra, o tratamento de Freud sobre esse texto,segundo Willer, tem como principal contribuição seu valor epistemológico, ao trabalhar oconceito de sobredeterminações. “O criador da psicanálise mostrou que tudo pode ser outracoisa; que todos os signos e coisas que aceitamos tem significados adicionais.”SurrealismoA recepção entre os surrealistas de Paris colocou Gradiva em outro patamar, relacionado àspesquisas do inconsciente na elaboração artística e na libertação humana, ao identificá-lacom a categoria de acaso objetivo, “o que ocorre quando o desejo se sobrepõe à realidade,configurando-a”, destaca Willer. O conceito foi elaborado por Breton em 1932 em Les Vasescommunicants [Os vasos comunicantes].O ensaio de Elvio Fernandes, que completa a edição, aponta Gradiva como uma ilustraçãodas mais contundentes desse conceito, “a realização do desejo mais íntimo”, e destaca quea potência poética da narrativa “engendra leituras apaixonantes e apaixonadas, sobretudono que diz respeito às suas relações com a psicanálise, as ciências ocultas, a mitologia e osurrealismo”.Tal foi a importância atribuída por André Breton à obra de Jensen, que o poeta deu o nomede Gradiva à galeria de arte que abriu em 1937, no número 31 da rue du Seine em Paris.Marcel Duchamp projetou a entrada principal da galeria com a forma de dois amantes quecaminham abraçados.“Sobre a ponte que reconecta o sonho à realidade, ‘erguendo ligeiramente seu vestido coma mão esquerda’: GRADIVA. Nos confins da utopia e da verdade, isto é, no coração da vida:GRADIVA”, escreve Breton no texto de inauguração da galeria, também presente nestaedição.Para o jornalista e crítico cultural Bruno Yutaka Saito, que assina a orelha, com Breton,Duchamp e outros artistas ligados ao surrealismo, Gradiva “supera a patologia” que permeiaa análise de Freud sobre a obra. “Mais do que título de livro e personagem do delírio deHanold, Gradiva virou um símbolo cultural. Foram mais de dezoito séculos para que Hanoldencontrasse sua paixão rediviva. E desde então já se passou pouco mais de um séculopara que Gradiva chegasse até nós.”É a Gradiva de Breton e dos surrealistas que a presente edição apresenta aos leitores,conforme destaca Marcus Rogério Salgado na quarta capa. “Acompanhemos, pois, nestaarqueologia do olhar desejante, Gradiva, aquela que avança, e todos que seguiram, desdeentão, em seu encalço: Freud, Breton, Max Ernst, Éluard, Dalí, André Masson e, é claro, oapaixonado sonhador Hanold. Diante de nossos olhos, eis Gradiva Rediviva.”
Título: Gradiva: uma fantasia pompeiana
ISBN: 9786587451114
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 14 x 21 x 1
Páginas: 128
Ano copyright: 2023
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Ano de edição: 2023
Edição: 1ª
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