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Autor: Giorgio Agamben
Editora: Ayine
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A vida de Hölderlin divide-se exatamente em duas metades: os 36 anos de 1770 a 1806 e os 36 anos de 1807 a 1843, que transcorre como louco na casa do marceneiro Zimmer. Se na primeira metade o poeta vive no mundo e participa na medida das suas forças dos acontecimentos do seu tempo, a segunda metade da sua existência é transcorrida de todo fora do mundo, como se, apesar das visitas esporádicas que recebe, um muro a separasse de qualquer relação com os eventos externos. Por razões que talvez fiquem ao final claras para quem lê, Hölderlin decidiu eliminar todo caráter histórico e social das ações e dos gestos da sua vida. Segundo o testemunho de seu mais antigo biógrafo, ele repetia obstinadamente "não me acontece nada". Sua vida pode apenas ser objeto de crônica, não de uma biografia e muito menos de uma análise clínica ou psicológica. E, no entanto, a hipótese do livro é que, desse modo, Hölderlin deu à humanidade uma outra, inédita figura da vida, cujo significado genuinamente político resta ainda a medir, mas nos diz respeito de perto. “A vida habitante de Hölderlin neutraliza a oposição entre público e privado, faz com que coincidam sem síntese numa posição de paralização. Nesse sentido, sua vida habitante, nem privada nem pública, constitui talvez o legado propriamente político que o poeta dá ao pensamento. Também nisso está próximo de nós, a nós que da distinção entre as duas esferas não sabemos mais nada. A sua vida é uma profecia de algo que seu tempo não podia de nenhum modo pensar sem ultrapassar os limites da loucura.
Título: A loucura de holderlin: cronica de uma vida habitante (1806-1843)
ISBN: 9786559980192
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 15 x 22 x 1,5
Páginas: 248
Ano copyright: 2022
Coleção:
Ano de edição: 2022
Edição: 1ª
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Wander Melo Miranda é professor de teoria da literatura e literatura comparada na Universidade Federal de Minas Gerais e diretor da Editora UFMG. Publicada em 1992, sua tese de doutorado, Corpos escritos: Graciliano Ramos e Silviano Santiago, é um estudo pioneiro e fundamental na reavaliação da importância de Memórias do cárcere dentro da obra de Graciliano Ramos e da cultura brasileira como um todo. Miranda é autor ainda de Graciliano Ramos (2004) e Nações literárias (2010).