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Autor: Moacyr Piza
Editora: CHAO
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Este pequeno livro é um raro testemunho, dentre muitos escritos esquecidos, da história brasileira das duas primeiras décadas do século XX. As razões do esquecimento são muitas, a maior delas talvez pelo fato de o autor, Moacyr Piza, no mesmo ano da publicação, envolver-se no dramático assassinato de sua ex-amante, Nenê Romano, seguida do seu próprio suicídio. Chocante na época, a fama do episódio superou a do livro — e talvez tenha repercutido muito mais do que toda a obra satírica do autor.Sátira polêmica, com alvos explícitos da cena política da época, "Roupa suja" revela faces pouco generosas das oligarquias, acompanhando a maré de publicações de escribas obscuros como José Agudo, Hilário Tácito, o próprio Moacyr Piza, Juó Bananére, Ivan Subiroff e o caricaturista Voltolino — alguns deles engajando-se em periódicos como "O Pirralho", "O Queixoso", "O Parafuso" e outros pasquins da cultura cômica da Belle Époque paulista.Piza juntou-se a essa fila de pândegos contumazes e esteve no centro das dissidências do Partido Republicano Paulista (PRP), replicando lances hilariantes: a traquinada de um baile festivo, no qual todos os chefes perrepistas dançam maxixe; ou a farsa da Escola do Partido em pleno dia de formatura, dirigida por um Washington Luís travestido em burlesco diretor de circo. Poucos escapam da pena incontrolável de Piza, esgrimindo preconceitos e infâmias diversas, jamais hesitando em decidir quem é decente e quem é canalha.Último motivo de seu esquecimento: sociedades nunca viram sátiras com bons olhos, talvez porque nelas ainda latejem amargas filosofias. Mais ainda no Brasil, onde registramos satiristas defenestrados da História, não raro diabolizados em razão de patologias pessoais. Para variar, o sempre atual Machado de Assis antecipou a maldição de Piza e sua turma de pândegos satíricos, quando, ao invocar a arma de Swift, definiu as elites brasileiras com duas únicas e certeiras palavras: caricatas e burlescas.
Título: Roupa Suja (Polemica Alegre): Onde Se Faz Panegirico De Alguns Homens Honrados Da Politica Republicana
ISBN: 9786580341061
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 15,3 x 21 x 1,2
Páginas: 200
Ano copyright: 2022
Coleção:
Ano de edição: 2022
Edição: 1ª
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Autor: Moacyr Piza
Boris Fausto (São Paulo, 1930) é historiador e cientista político. Foi professor titular do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo e é membro da Academia Brasileira de Ciências. Publicou estudos referenciais, como A revolução de 30: historiografia e história (1997). A morte de sua esposa, Cynira Stocco, com quem teve dois filhos e conviveu durante quase cinquenta anos, motivou Fausto a escrever um diário. O resultado é O brilho do bronze (2014), uma comovente reflexão sobre o processo do luto em primeira pessoa, olhar que o escritor aprimora desde 1997 com Negócios e ócios, quando aproximou-se do tema da memória.