Debaixo da nossa pele

Autor: Joaquim Arena
Editora: Gryphus

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Sinopse

Em Debaixo da nossa pele, o escritor cabo-verdiano Joaquim Arena investiga a presença negra na Europa desde o século XV Autor vencedor do prêmio Oceanos 2023 mescla ensaio, reportagem, relato histórico e memória pessoal a fim de retratar a diáspora de seus antepassados pela EuropaQuem foram os primeiros negros a habitar o continente europeu? Como trajetórias individuais, muitas vezes apagadas da história oficial, contribuíram para moldar o Ocidente? Como recontar a presença negra na Europa desde as grandes navegações até os fluxos migratórios do século XX? Essas são algumas das questões que movem Debaixo da nossa pele: Uma viagem, livro do escritor e jornalista cabo-verdiano Joaquim Arena. O lançamento da obra no Brasil, pela editora Gryphus, será na edição da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) 2025, com a presença do autor, que participa da programação da Flip+.Misturando ficção, reportagem, ensaio, biografia e relato de viagem, o livro traça um percurso incomum pela “Europa negra”, aquela que ficou fora dos livros didáticos e das grandes narrativas coloniais. Publicado originalmente em 2017, em Portugal, e depois traduzido na China (2022) e nos Estados Unidos (2023), o livro chega agora aos leitores brasileiros. Ao longo de 224 páginas, Arena — vencedor do Prêmio Oceanos 2023 com Siríaco e Mister Charles — apresenta um mosaico de fragmentos esquecidos da presença negra na Europa, com uma coleção de notáveis personagens."Para nós, escritores de língua portuguesa, a publicação de nossos livros neste país é um marco importante. Não apenas pela dimensão do mercado, mas sobretudo pela variedade dos leitores. É um universo mais diverso, com uma matriz cultural muito rica e que tem curiosidade por outras literaturas da mesma língua, em geografias diferentes”, comenta Arena. Narrativas entrelaçadasO ponto de partida é uma palestra sobre o curioso quadro quinhentista Chafariz D’El Rei, precioso retrato da população africana em Portugal, à época. Dias depois, Arena reencontra Leopoldina, amiga que se dedica à investigação do enigma da mestiçagem na população lusa, e do legado social resultante dessa mistura de culturas. Leopoldina, uma senhora descendente de pessoas escravizadas, também procura manter viva a história de sua tataravó Catarina, transmitida oralmente por gerações. A partir daí, começa uma jornada dupla — geográfica e temporal. Pelo interior de Portugal, Arena atravessa vilarejos como São Romão e Rio de Moinhos, às margens do rio Sado, onde africanos escravizados trabalhavam no cultivo do arroz no século XVIII. O livro flui como um roadmovie literário. Nele, o autor, que volta ao país de adoção após a morte do pai adotivo, em Cabo Verde, atravessa o Portugal contemporâneo em busca de marcas de um passado ainda não digerido.Em trechos, como a descrição de Alcácer do Sal, com seu castelo árabe vigiando as planícies verdes, o autor atribui à paisagem uma espessura histórica que amplia o sentido da viagem. A geografia retratada não é apenas cenário: é arquivo vivo, onde ainda se notam traços humanos africanos nos rostos da população atual, evocando memórias ancestrais. Figuras históricas surpreendentes Arena reconstrói a existência de personagens históricos surpreendentes, como João de Sá Panasco — ex-escravizado que se tornou escudeiro e nobre da corte de D. João III, conhecido por seu humor afiado; Thomas-Alexandre Davy de laPailleterie, general mestiço das tropas napoleônicas e pai de Alexandre Dumas, autor de O Conde de Monte Cristo e Os Três Mosqueteiros; Andresa do Nascimento, a Preta Fernanda, figura transgressora e influente na Lisboa do século XIX; Abram PetrovichGannibal, africano levado à Rússia e ancestral direto do poeta Aleksandr Púchkin; e Marcelino Manuel da Graça, o Sweet Daddy Grace, cabo-verdiano que fundou uma das maiores igrejas evangélicas afro-americanas nos EUA.Essas vidas, entrelaçadas à do próprio autor, traçam uma nova cartografia da presença negra na Europa — do século XV aos anos 1960, com destaque para a migração cabo-verdiana a Lisboa, da qual Arena participou com sua família.O autor revisita arquivos, documentos, mapas e imagens com olhar jornalístico, mas sem abrir mão das zonas de sombra, das lacunas e das ambiguidades da história. “A ideia de raça foi uma construção. Desfazer essa construção exige recontar o que foi esquecido — e também nos reencontrar com os fantasmas que deixamos para trás”, disse em entrevista nos Estados Unidos.Da história submersa ao reconhecimento internacional.Na edição americana, publicada em 2023, Debaixo da nossa pele foi reconhecido pela revista WordsWithoutBorders como um dos melhores livros traduzidos do ano. A crítica destacou o estilo “evocativo, provocador e polifônico” da obra, que alia narrativa íntima e pesquisa rigorosa, capaz de “abrir brechas nos alicerces de uma Europa que ainda hesita em encarar seu passado colonial”. Também receberam destaque os elogios de veículos como ForewordReviews, KirkusReviews e Mass Review, que celebraram a fusão entre o pessoal e o histórico, o ensaio e a arte de narrar.

Dados

Título: Debaixo Da Nossa Pele

ISBN: 9788583111535

Idioma: Português

Encadernação: Brochura

Formato: 16 x 23

Páginas: 224

Ano de edição: 2025

Edição:

Participantes

Autor: Joaquim Arena