Ver o invisivel

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Sinopse

"O que os maiores espíritos pediram afinal à arte foi um conhecimento, verdadeiro, metafísico, suscetível de ultrapassar a aparência exterior dos fenômenos para nos entregar sua essência íntima. Como a pintura cumpre e pode cumprir essa revelação última? Não se expondo, representando-nos essa essência derradeira das coisas, mas antes identificando-nos com ela no ato iniciático da arte."Atualmente, a arte pode arrancar o homem de seu mal-estar restituindo-lhe o que perdeu. Essa era a mensagem de Kandinsky, fundador da pintura abstrata. Não se trata mais de representar o mundo dos objetos, e sim nossa vida interior. Como pintar e mostrar as emoções ocultas em nossa alma, mostrar o invisível? Considerada difícil, a pintura abstrata abre paradoxalmente o local de verdadeira cultura popular, alcançando a arte preocupada com o sobrenatural, a arte sacra, o que Michel Henry nos explica.

Participantes

Autor: Michel Henry

Tradutor: Marcelo Rouanet

Autor

MICHEL HENRY

Michel Henry (Haiphong, 1922-2002): filósofo e novelista, doutorou-se com uma tese sobre filosofia e fenomenologia do corpo, orientado por Paul Ricoeur, Jean Wahl, Jean Hyppolite, Ferdinand Alquié e Henri Gouhier. Tem sido sugerido que ele propôs a teoria da subjetividade mais profunda do século XX e protagonizado uma “virada teológica” no seio da fenomenologia. Foi professor convidado na École Normale Supérieure, na Sorbonne e na Universidade Católica de Louvain, onde seus arquivos filosóficos e literários estão hoje disponíveis. Eclético, escreveu, além de teses originais em fenomenologia e filosofia cristã, romances. É frequentemente citado por pesquisadores de fenomenologia filosófica, fenomenologia psicológica e teologia.