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Autor: Cesario Verde
Editora: Global
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Ao contrário de certos poetas portugueses - um Fernando Pessoa, um Antero de Quental, uma Florbela Espanca -, muito populares no Brasil, Cesário Verde é quase desconhecido dos leitores brasileiros. Não sabem o que estão perdendo. Vivendo em um período de encruzilhada da literatura portuguesa, o chamado realismo, ainda fortemente marcado pela retórica romântica, Cesário foi o único poeta de sua geração a se despojar integralmente do romantismo. Nos primeiros poemas, em busca de si mesmo, cultiva o epigrama cínico e o humor grotesco, à maneira de João Penha, muito em moda à época. Logo, sob a influência de Baudelaire, começa a afirmar a sua própria personalidade artística, expressando as mil e uma seduções da realidade ao seu redor (a mim o que me rodeia é o que me preocupa, escreve a um amigo), as coisas comuns do cotidiano, as burguesinhas lisboetas, os hotéis da moda, a atividade das regateiras, um piquenique, a feira livre; fatos dos quais extrai poemas cheios de cores, bem desenhados, como pequenos quadros ou aquarelas. Mas o poeta não se prende apenas aos aspectos amáveis da vida. Movido por ideais de justiça, solidariedade com os humildes, simpatia pelo povo, não se esquece do cardume negro das varinas, dos operários enfarruscados e secos, e dos bairros miseráveis de Lisboa, aonde miam gatas,/ e o peixe podre gera os focos de infecção. Um de seus últimos poemas, que ficou incompleto, denuncia com veemência o egoísmo dos ricos, em contraste com a miséria dos pobres. Ao morrer em 1886, de tuberculose, aos 31 anos, Cesário havia publicado apenas alguns poemas avulsos, que não despertaram os louvores da crítica. O Livro de Cesário Verde, reunindo a sua produção, foi publicado em 1887, numa tiragem de 200 exemplares. A partir daí o sucesso do livro não parou de crescer.
Título: Melhores Poemas: Cesario Verde
ISBN: 9788526010161
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 14 x 21
Páginas: 144
Ano copyright:
Coleção: Melhores Poemas
Ano de edição: 2005
Edição: 1ª
Região:
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Legenda:
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Leyla Perrone-Moisés nasceu em São Paulo, em 1936. É doutora em Língua e Literatura Francesa e livre-docente pela Universidade de São Paulo (USP). Lecionou em várias universidades paulistas. No exterior, deu aulas na Universidade de Montreal, na Universidade Yale, na Sorbonne e na École Pratique des Hautes Études. Coordenou o Núcleo de Pesquisa Brasil-França, do Instituto de Estudos Avançados da USP, de 1988 a 2010. É professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP desde 1996. Em 2013, ganhou o prêmio da Fundação Bunge por vida e obra. É autora de Altas literaturas, As flores da escrivaninha, Inútil poesia, Vinte luas, Vira e mexe, nacionalismo, O Novo Romance francês, Falência da crítica, entre outros.