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Autor: Maria Rita Kehl
Editora: Boitempo
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A nova edição de Deslocamentos do feminino chega às livrarias em um momento pertinente, em que o debate sobre gênero toma corpo e a noção de feminilidade passa por transformações no campo da cultura. Neste livro, a psicanalista Maria Rita Kehl questiona as relações que se estabelecem entre a mulher, a posição feminina e a feminilidade na clínica psicanalítica. Existe uma diferença irredutível entre homens e mulheres, afinal? Partindo da defesa de uma “mínima diferença”, um modo de ser e de desejar através do qual homens e mulheres assumem papéis distintos na sociedade, a psicanalista e ganhadora do prêmio Jabuti pelo ensaio O tempo e o cão (2010) investiga o campo a partir do qual as mulheres se constituem como sujeitos, de modo a contribuir para ampliá-lo.Publicada originalmente em 1998, a obra é dividida em três partes: a primeira, sobre a constituição da feminilidade no século XIX, busca a origem dos discursos aceitos até agora como descritivos de uma “natureza feminina”, eterna e universal; a segunda aborda o romance de Flaubert e apresenta Emma Bovary como um “paradigma da mulher freudiana, alienada nas malhas de um discurso em que seus anseios latentes não encontram lugar ou palavra”; a terceira, por fim, é dedicada às teorias freudianas sobre as mulheres e a sexualidade feminina e suas repercussões na psicanálise contemporânea. Maria Rita examina alguns pontos da biografia de Freud e tenta entender o que o pai da psicanálise falhou em escutar nas queixas das mulheres a quem ele mesmo deu voz.“Este não é um livro sobre a história das mulheres, embora eu tenha precisado passar por um pouco de história para entender como se constituíram e se fixaram os discursos sobre as mulheres e a feminilidade na era moderna”, diz a autora, no prefácio desta obra. “Esta tampouco é uma pesquisa sobre as representações da mulher no Ocidente, embora eu discuta essas representações a partir do romance Madame Bovary, de Gustave Flaubert.” Maria Rita toma a literatura como documento sobre o imaginário de uma época, capaz de revelar os ideais de gênero nos quais Freud se baseou, até a década de 1930, para conceber sua teoria sobre a feminilidade e que até hoje influencia os ideais de cura na clínica psicanalítica.Mas o que querem as mulheres? Para Freud, a cura das histéricas (o mal-estar feminino por excelência no século XIX) equivalia a devolvê-las à mesma feminilidade da qual elas se desajustavam. Para Maria Rita, hoje podemos pensar na histeria como um feminismo espontâneo, que recusa uma identificação com uma natureza feminina eterna e universal - ou, como propõe: “se existe uma cura para as mulheres (...) ela passa pela (re)conquista do que, sendo dos homens, não tem por que não ser das mulheres também”. Um pênis? Não, mas uma ou mais de suas infinitas faces, que aparecem no campo de “escolhas de destino” das mulheres como sujeitos – sobretudo, como sujeitos desejantes.
Título: Deslocamentos Do Feminino: A Mulher Freudiana Na Passagem Para A Modernidade
ISBN: 9788575595053
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 15,8 x 23
Páginas: 232
Ano copyright: 2016
Coleção:
Ano de edição: 2016
Edição: 2ª
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Autor: Maria Rita Kehl
Maria Rita Kehl é brasileira, nascida em Campinas (SP). Foi jornalista entre 1974 e 1981, tendo publicado artigos em diversos jornais e revistas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Editou a seção de cultura nos jornais Movimento e Em Tempo, periódicos de oposição à ditadura militar. Doutora em psicanálise pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), atua desde 1981 como psicanalista em clínica de adultos em São Paulo e, desde 2006, na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Guararema (SP). Em 2010 recebeu o prêmio Jabuti de melhor livro do ano de não ficção com O tempo e o cão. Integra a Comissão Nacional da Verdade desde sua fundação em maio de 2012.