Contos da palma da mao

Autor: Yasunari Kawabata
Editora: Estação Liberdade

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Sinopse

Os 122 contos lançados agora pela Editora Estação Liberdade — inaugurando suas publicações em homenagem ao centenário da imigração japonesa no Brasil — foram traduzidos diretamente do japonês por Meiko Shimon, estudiosa da obra de Kawabata, considerado, com Tanizaki e Mishima, o escritor moderno mais importante do Japão.Produção que acompanhou praticamente toda a vida do autor — o mais antigo data de 1923 e o mais recente, de 1964 —, esses brevíssimos contos, gênero literário dileto de Kawabata, foram reunidos pela primeira vez em 1971. Eram, então, 111, de acordo com a seleção acompanhada pelo próprio escritor, que, na época, declarou: “A maioria dos escritores, quando jovens, escreve poemas, enquanto eu escrevia ‘contos da palma da mão’”. Dez anos mais tarde, numa edição já póstuma, e que se tornaria corrente, acrescentaram-se outros onze. É essa, da editora Shinchosha, a referência para a edição lançada agora no Brasil. Quantos são, de fato, os “contos da palma da mão”, é difícil saber ao certo: há pesquisadores que afirmam existirem 175; outros falam em 146.Em cada uma das narrativas chama a atenção, em primeiro lugar, o poder de concisão. Ao tratar de uma rica variedade de temas — na qual, aqui e ali, identificam-se recorrências que voltaremos a encontrar também nos romances do autor —, Kawabata sabe escolher o essencial, a palavra precisa, e descartar tudo o que não é absolutamente necessário. As imagens são fortes, a escrita é sinestésica e não há lugar para sentimentalismo, divagações e explicações. Muitas vezes encerra-se a leitura de um conto — que contém, numa média de duas a quatro páginas, tamanho que “cabe na palma da mão”, todo um universo dramático — sem a noção exata de seu significado. Paira no ar uma impressão, algo que, a um só tempo, é capaz de impregnar a imaginação do leitor e ficar além do seu entendimento. E então, em algum momento posterior, essa sensação difusa pode vir a se transformar em revelação plena de sentido.A morte, o amor, a infância, a cegueira, a sensualidade, os laços de família, os sonhos, as expectativas são alguns dos temas que perpassam os contos, e que muitas vezes nascem da observação do que há de mais cotidiano — e, nesse sentido, invisível — na existência. “[...] entre eles há algumas peças não muito razoavelmente fabricadas, mas há algumas boas, que jorraram de minha pluma naturalmente, de seu próprio aval. [...] Vive neles o espírito poético de meus dias jovens”, disse o autor certa vez.

Dados

Título: Contos da palma da mao

ISBN: 9788574481371

Idioma: Português

Encadernação: Brochura

Formato: 14 x 21

Páginas: 496

Ano copyright: 1971

Ano de edição: 2008

Edição:

Participantes

Autor: Yasunari Kawabata

Tradutor: Meiko Shimon

Autor

YASUNARI KAWABATA

Prêmio Nobel de 1968, Yasunari Kawabata é considerado um dos representantes máximos da literatura japonesa do século XX. Nascido em Osaka em 1899, interessou-se por livros ainda adolescente, principalmente por clássicos do Japão, que viriam a ser uma de suas grandes inspirações. Kawabata estudou literatura na Universidade Imperial de Tóquio e foi um dos fundadores da Bungei Jidai, revista literária influenciada pelo movimento modernista ocidental, em particular o surrealismo francês. Acompanhado de jovens escritores, defenderia mais tarde os ideais da corrente neossen-sorialista (shinkankakuha), que visava uma revolução nas letras japonesas e uma nova estética literária, deixando de lado o realismo em voga no Japão em prol de uma escrita lírica, impressionista, atravessada por imagens nada convencionais. Ao contrastar o ritmo harmônico da natureza e o turbilhão da avalanche sensorial, Kawabata forjou insólitas associações e metáforas táteis, visuais e auditivas que surpreendem por revelar os processos de fragilização do ser humano diante do cotidiano, numa composição surrealista de elementos da cultura e filosofia orientais, personagens acuados e cenários inóspitos. Sua obsessão pelo mundo feminino, pela sexualidade humana e pelo tema da morte (presente em sua vida desde cedo, sob a forma da perda sucessiva de todos seus familiares) renderam-lhe antológicas descrições de encontros sensuais, com toques de fantasia, rememoração, inefabilidade do desejo e tragédia pessoal. Desgastado por excesso de compromissos, doente e deprimido, Kawabata suicidou-se em 1972.