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Autor: Vários (ver informações no detalhe)
Editora: Boitempo
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Em meio a uma das mais graves crises da jovem democracia brasileira e às vésperas de uma eleição presidencial conturbada, o dossiê desta edição, organizado pelo sociólogo Antônio Carlos Mazzeo e pelo historiador Luiz Bernardo Pericás, traz uma análise do atual momento histórico nacional, sumariando questões candentes que compõem os elementos complexos de uma crise social de profunda intensidade.Em texto de sua autoria, Mazzeo apresenta as origens histórico-ontológicas da autocracia burguesa brasileira, que constituem a base material e política do Estado e do atual momento histórico nacional. O sociólogo Giovanni Alves expõe as condições históricas e objetivas das complexas relações sociais que configuram a precariedade do trabalho, a partir do fim da década de 2010, ao passo que a economista Ludmila Costhek relata a condição concretada flexibilização do trabalho, particularmente nas relações do trabalho feminino. À luz da contemporaneidade, o jurista Gilberto Bercovici aborda a Constituição de 1988, demonstrando seus limites diante de governos subsumidos a lobbies político-parlamentares, vinculados às classes dominantes. Por fim, o cientista político Armando Boito Jr. polemiza com a ideia da existência de uma crise de representatividade na política brasileira, procurando demonstrar os vínculos político-ideológicos das diversas frações, extratos e classes sociais em relação a determinados partidos e projetos político-econômicos específicos.Além do dossiê principal, este número traz um especial dedicado ao bicentenário de Marx, com artigos do geógrafo britânico David Harvey, do professor de ciência política alemão Elmar Altvater (recentemente falecido) e do sociólogo brasileiro Ricardo Antunes. O entrevistado é Moishe Postone, um dos mais originais intérpretes da teoria crítica marxiana. Postone, que nos deixou em março deste ano, concedeu no segundo semestre de 2017 essa longa entrevista aos pesquisadores Ana Carolina Gonçalves e Daniel Manzione Giavarotti.O homenageado deste semestre é o filósofo italiano Domenico Losurdo, que perdemos em junho deste ano e que articulou como poucos uma obra de alta qualidade teórica com uma lúcida e ativa militância política. Seus escritos elevaram substancialmente a qualidade do embate ideológico em nosso tempo, como descreve Gianni Fresu. Ricardo Musse resenha quatro biografias de Karl Marx lançadas por ocasião dos duzentos anos do filósofo renano. A nota de leitura de Luiz Bernardo Pericás nos descreve as contribuições de Eleanor Marx e sua precoce combinação entre feminismo e luta de classes.Para ilustrar este número, foram escolhidas obras de Sergio Sister que o editor da seção descreve como um “artista que desde o começo de sua carreira preocupou-se em produzir uma pintura sem representação nem alegoria – como falava Clement Greenberg –, de modo a libertá-la para ser um objeto autônomo. Esses conjuntos de obras aqui expostas formam instalações que por meio da repetição e das pequenas diferenças entre si levam o espectador a tentar entender o padrão lógico que operam, formando uma teia de direções e significados simultâneos. As possibilidades matemáticas são muitas.Desde o construtivismo russo sabe-se que é difícil produzir obras sem alegorias, mas Sister é exemplo de que é um caminho possível”.Por fim, em meio ao deserto cultural e político que nos assola, nada como um poema do uruguaio Mario Benedetti para elevar os ânimos. É com “Por que cantamos”, traduzido e apresentado pelo editor especial de poesia Flávio Aguiar, que encerramos este número, “porque acreditamos nas gentes/e porque venceremos a derrota”.Os editores
Título: Margem Esquerda: Ensaios Marxistas #31
ISBN: 977167876840000031
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Formato: 16 x 23 x 0,8
Páginas: 168
Ano copyright: 2018
Coleção:
Ano de edição: 2018
Edição: 1ª
Região:
Idioma:
Legenda:
País de produção:
Formato de tela:
Áudio Original:
Tempo de Duração:
Quantidade de discos:
Selo:
Código:
Autor: Antonio Carlos Mazzeo | Armando Boito Junior | Carolina Santos B. Pinho | Giovanni Alves | Gilberto Bercovici | Ludmila Costhek Abilio | David Harvey | Ricardo Antunes | Luiz Bernardo Pericas | Ricardo Musse | Marco Aurelio Santana
Organizador: Antonio Carlos Mazzeo | Luiz Bernardo Pericas
Luiz Bernardo Pericás é formado em História pela George Washington University, doutor em História Econômica pela USP, pós-doutorado em Ciência Política pela FLACSO (México), onde foi professor convidado e pelo IEB/USP. Foi também Visiting Scholar na University of Texas at Austin e Visiting Fellow na Australian National University, em Camberra. Tem livros e artigos publicados em diversos países, como Argentina, Estados Unidos, Peru, Itália, Espanha, Argentina e Cuba. É autor, entre outros, de Mystery Train (2007) e do romance Cansaço, a longa estação (2012), adaptado para o teatro). Recebeu a menção honrosa do Prêmio Casa de las Américas em 2012 por seu livro Os cangaceiros: ensaio de interpretação histórica (2010). Ganhador do Prêmio Ezequiel Martínez Estrada, da Casa de las Américas (2014), pelo livro Che Guevara y el debate económico en Cuba. É professor de História Contemporânea da Universidade de São Paulo.