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Autor: Samuel Beckett
Editora: Relicário
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A escrita em verso de Samuel Beckett (1906-1989) está presente desde o início de sua obra literária e o acompanha ao longo de toda a trajetória até seu último texto, escrito já no leito de hospital. Ela não é, como afirmam alguns, apenas um “laboratório” de sua prosa: funciona antes como lugar de condensação de uma série de referências pessoais e literárias, por meio das quais o autor vai dando tratos à própria concepção de literatura.Nos versos de Beckett, observamos a recusa da postura poética autocomplacente e a exploração dos desvios da elegância convencional, dando livre curso à matéria baixa, ao humor ácido, ao jogo de palavra e à “gagueira” (como diz Deleuze) estilística. Estão aí em jogo tanto uma sensibilidade muito viva em relação ao drama (ao “absurdo”) existencial, quanto a contínua militância contra a estupidez humana, em suas diversas manifestações.Beckett, como se sabe, é um dos raros autores que realiza ele próprio a tradução de vários de seus livros, construindo uma obra em francês e em inglês. Desafia, assim, a ideia de “original” e faz da relação entre idiomas um aspecto não acessório, mas integrado ao sentido da experiência literária. Como não podia deixar de ser, a prática está também na produção em versos, mostrando como a tradução é um tipo de escrita e, inversamente, como a escrita já é uma forma de tradução – isto é, que o interesse da escrita não está em sua singularidade estável, intocável, mas no gesto do transitar e do desdobrar, de um ter lugar em corpo e experiência.Marcos Siscar
Título: Poesia completa
ISBN: 9786589889519
Idioma: Português, Francês, Inglês
Encadernação: Capa dura
Formato: 16,2 x 23,2 x 2
Páginas: 288
Ano copyright: 2022
Coleção:
Ano de edição: 2022
Edição: 1ª
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Samuel BeckettNasceu perto de Dublin, na Irlanda, em 1906 e foi criado por uma família protestante da classe média. Aos 23 anos foi premiado por um poema titulado "Whoroscope" (1930) no qual, através do filósofo Descartes, contempla a transitoriedade da vida, tema tão recorrente em sua obra. Entre 1946 e 1953, Beckett inicia uma fase de grande criatividade, escrevendo peças como Esperando Godot (1952), contos e romances nos quais explora a impotência, a imobilidade e a solidão humanas como elementos responsáveis pelo "câncer do tempo". Murphy (1938), Molloy (1951), Malone morre (1951), Watt (1953) e O inominável (1953) são seus principais romances. Prêmio Nobel de Literatura em 1969, Beckett é um dos fundadores do teatro do absurdo. Faleceu em Paris em 1989, aos 83 anos de idade.