A DESCONSTRUÇAO DO MASCULINO
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OBJETO
DE DESEJO
"A chamada crise da masculinidade é um tema que dia a dia ganha mais força, e por diversos meios somos informados de que ser homem está em questão. Efetivamente, muitos de nós – homens – criticamos o modelo masculino sob o qual fomos educados. Modelo ao qual já não nos conformamos e que começa a nos sufocar. A experiência pessoal nas reuniões entre homens evidencia em primeiro lugar que compartilhamos os mesmos problemas e nos sentimos menos ‘loucos’ com a descoberta de que muitas dúvidas, que supúnhamos só nossas, afetam a muitos outros", afirma Sócrates Nolasco, propondo uma reflexão inovadora sobre a condição masculina.
Dando continuidade à temática, A desconstrução do masculino é uma coletânea de textos de cientistas sociais e psicanalistas que participaram do I Seminário sobre a Condição Masculina, ocorrida no Rio de Janeiro, em 1992. O livro está estruturado em quatro partes: o masculino em questão, o masculino e o poder, a estética masculina e identidade masculina e comportamento. A intenção é apresentar os contornos e limites de uma análise sobre a condição masculina, dentro de um panorama multidisciplinar.
Segundo Sócrates Nolasco, os homens estão motivados a livrar-se de suas couraças. "Nós precisamos de auto-reflexão, multiplicar nossas possibilidades de conexão com o mundo, diversificar nossa maneira de ver, potencializar nossa sensibilidade. O desmoronamento do modelo machista é mais uma possibilidade do que uma perda. Nesse sentido, acreditamos ser de grande utilidade a construção de pontos de encontro fora de campos competitivos, onde possamos compartilhar experiências e reflexões", afirma.
Para ele, a desconstrução sugere um esforço inicial para compreendermos os efeitos do distanciamento do homem adulto e do menino. Na maioria das vezes, este efeito teria recaído diretamente na relação pai-filho. "Ela é a matriz da ausência afetiva e amorosa. O machismo e a violência masculina são tentativas deslocadas de supressão da dor produzida pela falta de reconhecimento gerado por este estado de ausência amorosa entre pai e filho. Construir é poder reconhecer-se como herdeiro dessa dor, capaz de nomeá-la, senti-la e transformá-la em alteridade, singularidade, ética e cumplicidade", conclui.
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