A ESCRITA DE GRACILIANO RAMOS: O JUIZO E O NAO...DEUS
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OBJETO
DE DESEJO
A escrita de Graciliano Ramos: o juízo e o não juízo de Deus promove a liberdade do corpo, incitando-o a uma espécie de processo metaformósico: de “cão servil” a “fluxo rebelde”. A obra, nessa proposição, torna-se um privilegiado passaporte para o salutar confronto entre o romance S. Bernardo e o olhar crítico da escritora que, com visionalidade e ousadia, expõe reflexões acerca de “modos de vida confiscadores de corpos”. Defronte à perene hierarquia dominante-dominado, inscrita em um interrompível ciclo, Elizabete Gerlânia aguça-nos a outros caminhos: o protagonista de S. Bernardo, Paulo Honório, sofre profundas dissecações, à luz de teorias da filosofia e da psicanálise e o Corpo sem Órgãos (CsO), de Artaud, em profícuo diálogo com Deleuze e Guattari, avança sobre o Grande Outro lacaniano, tornando-se pressuposto edificante na esfera do pensamento. O interlocutor, mediante a condução de um fio interpretativo paradoxal, é presenteado: o juízo e o não-juízo de Deus vêm à tona. Nesse quadrante, todos somos Paulo Honório. O aceite à leitura conduz a um profundo e instigante retorno às páginas de S. Bernardo, permitindo ultrapassar a secura e a robustez das palavras graciliânicas, para se atingir um organismo, não o fisiológico, mas o social, no qual todos estamos inscritos. Cinthia Mara Cecato da Silva
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