A FUNÇAO SOCIAL DA GUERRA NA SOCIEDADE TUPINAMBA
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OBJETO
DE DESEJO
Esta obra é composta de três partes interdependentes. A primeira concentra densa descrição de toda a tecnologia de guerra Tupinambá. As armas, as estratégias, os rituais e, enfim, os objetivos e propósitos pelos quais lutavam. A riqueza dos detalhes e a preocupação em mostrar como se desenrolava a guerra é exposta ao mesmo tempo em que se desenha uma das teses de Florestan - a guerra não se explica por si só, numa espécie de obsessão indígena pela batalha. Demonstrada a tese da guerra enquanto fato social, Florestan aponta, na segunda parte do livro, para os seus impactos nas formas de controle social que, seguindo a matriz funcionalista, é aquilo que orienta as ações coletivas e a socialização dos indivíduos. Passa-se, nesta parte, à descrição dos pontos de conexão entre a guerra e a organização dos papéis sociais - a educação das crianças, os atributos das faixas etárias e dos gêneros, os rituais de passagem, o status conferido aos guerreiros e aos pajés, enfim, todas as formas de socialização que podem ser via de acesso ao que os funcionalistas, como Florestan, chamavam de 'psicologia coletiva' - a relação entre subjetividade e estrutura social. Na terceira e última parte do livro o autor apresenta sua conclusão. Afasta, com rigor científico, a distinção evolucionista entre sociedades simples e complexas e contribui para uma teoria geral da guerra, que Florestan faz questão de ressaltar nos instantes finais do livro. Não há guerra e nem guerreiros que não sejam construções sociais. A sociedade Tupinambá mantinha-se sob permanente estado de guerra porque ela integrava um todo funcional para a coesão em torno de sua própria organização social. Qualquer semelhança sociológica com uma poderosa nação guerreira contemporânea não é mera coincidência.
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