A HISTORIA DE DETETIVES E A FICÇAO DE...GARCIA-ROZA
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OBJETO
DE DESEJO
Autor ele próprio de três novelas policiais, André Amado transforma-se, neste livro, em uma espécie de detetive-crítico, com o propósito de entretecer cerrada investigação, feita com paixão e rigor, do “crime” literário cometido pelo autor confesso, o carioca Luiz Alfredo Garcia-Roza, de vários romances, entre eles, O silêncio da chuva (1996), Uma janela em Copacabana (2001), Na multidão (2007) e A última mulher (2019). E, baseado no mesmo método lógico-dedutivo do detetive Espinosa (herdeiro de Sherlock Holmes, Monsieur Dupin e Miss Marple), personagem central das histórias conduzidas por Garcia-Roza, ele o faz de maneira superlativa.
Entrecruzando, passo a passo, a evolução do gênero criado por Edgar Allan Poe, com a contribuição de grandes teóricos modernos (Todorov e Eco, entre outros) e com a utilização percuciente de conceitos de narrador empírico, técnicas suspensivas e inescrutabilidade, André Amado demonstra, de forma inequívoca, que o romance policial pode ser, sim, obra literária de alto padrão (embora dirigida a um público de massa e de linguagem transparente), como o fizeram, por exemplo, Jorge Luis Borges e Bioy Casares e, no nosso país, Rubem Fonseca.
Pela seriedade da pesquisa, pela sensibilidade e inteligência exegéticas e, por fim, pelo manejo preciso de instrumentos teórico-críticos, aliado a uma linguagem escorreita e elegante, André Amado nos oferece contribuição original e inédita ao analisar e interpretar a obra de Garcia-Roza, ao mesmo tempo que fornece indiscutível contribuição à própria compreensão do gênero policial. Um trabalho digno das melhores produções acadêmicas em nosso país.
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