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A REPUBLICA DAS MILICIAS: DOS ESQUADROES...BOLSONARO



AUTOR: Bruno Paes Manso
EDITORA : Todavia| Saiba Mais…
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De: R$ 89,90 Por: R$ 71,92 Em até 3x sem juros
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OBJETO
DE DESEJO

O que fazia o policial Fabrício Queiroz antes de se tornar conhecido em todo o país como aliado de primeira hora da família Bolsonaro? E o líder miliciano Adriano da Nóbrega, matador profissional condecorado por Flávio Bolsonaro e morto pela polícia em 2019? E o ex-sargento Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e morador do mesmo condomínio do presidente da República na Barra da Tijuca? Os três foram protagonistas de uma forma violenta de gestão de território que tomou corpo nos últimos vinte anos e ganha neste livro um retrato por inteiro: as milícias. Eles são apresentados ao lado de policiais, traficantes, bicheiros, matadores, justiceiros, torturadores, deputados, vereadores, ativistas, militares, líderes comunitários, jornalistas e sobretudo vítimas de uma cena criminal tão revoltante quanto complexa.
O livro se constrói a partir de depoimentos de protagonistas dessa batalha. São entrevistas que chocam pela franqueza e riqueza de detalhes, em que assassinatos se sucedem e as ligações entre policiais, o tráfico, o jogo do bicho e o poder público se mostram de forma inequívoca. Num cenário em que o Estado é ausente e as carências se multiplicam, a violência se propaga de forma endêmica, mas deixa no ar a questão: qual a alternativa?
A resposta está longe de ser simples. Sobretudo num país de urbanização descontrolada e cultura política permeável ao autoritarismo. Dos esquadrões da morte formados nos anos 1960 ao domínio do tráfico nos anos 1980 e 1990, dos porões da ditadura militar às máfias de caça-níquel, da ascensão do modelo de negócios miliciano ao assassinato de Marielle Franco, este livro joga luz sobre uma face sombria da experiência nacional que passou ao centro do palco com a eleição de Jair Bolsonaro à presidência em 2018.
Mistura rara de reportagem de altíssima voltagem com olhar analítico e historiográfico, A república das milícias expõe de forma corajosa e pioneira uma ferida profundamente enraizada na sociedade brasileira.

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DADOS DO PRODUTO



título : A republica das milicias: dos esquadroes da morte a era bolsonaro

isbn : 9786556920610
segmento específico : REPORTAGEM
idioma : Português
encadernação : Brochura
formato : 13,7 x 20,8 x 2
páginas : 304
ano de edição : 2020
ano copyright : 2020
edição :

AUTOR : Bruno Paes Manso

AVALIAÇÕES


Um Tratado sobre o crime organizado e sua força
Alcir Santos de Oliveira
Um livro simplesmente perturbador. Para os que o lerem e ignoram como funcionam as sociedades modernas, pode significar a perda da inocência. Afinal, não há como ignorar a estranha realidade da existência de um Estado dentro do Estado. Para quem leu McMafia, do inglês Misha Glenny, ou alguns dos livros do italiano Roberto Saviano, esse fenômeno não causa surpresa. Aqui, assim como em boa parte dos países da Terra, as organizações criminosas, algumas transnacionais, estão presentes no dia a dia de milhões de pessoas as quais, na maioria das vezes, sequer desconfiam que estejam negociando, ou simplesmente utilizando serviços bancados pelo Estado paralelo, pelo crime. Esse poderio explica porque muitos países têm os seus governos mancomunados com o crime, quando não são os seus próprios representantes que ocupam cargos estratégicos na máquina estatal.
Nesse sentido, o República das Milícias acaba sendo um tratado sobre as organizações criminosas no Brasil, desde seu surgimento, há dezenas de anos atrás até sua consolidação, nos dias que correm. E não há como escapar disso. Pelo menos a curto e médio prazo não é possível prever alguma mudança no estado de coisas aí instalado. Não creio que possam ser eliminadas. Na hipótese de que algum governo, aqui ou alhures, venha a fazer um expurgo nos seus quadros, é quase cerro que não conseguiria eliminar o crime já estruturado e solidificado. No máximo haveria uma troca de nomes. É sim, a realidade do mundo atual em países importantes e também nos demais. Uma grande diferença é que, aqui, os grupos vivem se matando, brigando por espaços à base de confrontos armados. Noutros países essa fase já passou. Os grupos simplesmente decidiram partilhar as áreas e cada um que cuide da sua.
Além disso, vale a leitura para quem quiser saber como surgiram, lá atrás, ainda na segunda metade do século passado. E fica a pergunta incômoda no ar? Por que o Estado não oficializa atividades ditas criminosas como jogo do bicho e tráfico de drogas, passando a cobrar pesados impostos que reverteriam em benefício da sociedade? A resposta é única: Não interessa. Se liberados, muitos perderiam suas fontes de ótimos rendimentos.

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