Ler Rosa Montero...
Anônimo
Um maravilhoso encontro de mulheres! Uma Rosa Montero que fala um pouco de si, atravessada pelas memórias de uma outra mulher: Marie Curie. Lindo texto, belas reflexões... Luto, saudades, memórias, amor, desigualdades de gênero, dimensão do feminino no plural... muitas questões. Recomendo!!
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Rosa Montero em altíssimo nível
Alcir Santos de Oliveira
Para começo de conversa, um livro que mexe com as emoções! Focando temas permanentes, como a ausência e a saudade, e do processo contínuo de convivência com os mortos -- aqueles que a gente faz questão de ter por perto, ainda que a morte os tenha tirado de nós --, a autora oferece um texto de primeiríssima. Não tem como não se sentir tocado. O livro trata de sentimentos. E sem sentimentos, como sobejamente sabido, é impossível tocar a vida. ...
Rosa consegue misturar, com sensibilidade e acerto, confidências, notas autobiográficas e ensaio biográfico. Pega um tantinho da sua vida pessoal, junta com um farto pedaço da vida de Marie Curie, de Pierre e de outros cientistas da época, faz sérias e oportunas considerações sobre o que era ser mulher, ainda que renomada, num tempo de divisões sexuais bem marcadas, plenas de preconceitos. De lambuja, nos mostra, em linguagem acessível, o processo de obtenção do rádio e do polônio, da forma como o casal conseguiu obtê-los, a custa de danos irreversíveis a saúde e trabalhando em condições aviltantes, tangidos, basicamente, pela paixão irreversível a ciência e ao conhecimento. De passagem, nos brinda com ótimas considerações sobre os “valores” que permeavam a vida social da época, na França, e que não são tão diferentes dos do Brasil de hoje, cheio de preconceitos, divisões sociais, falta de solidariedade e inveja.
Ah, no final, como uma espécie de brinde muito especial, oferece ao leitor partes dos diários de Marie, páginas plenas de sentimento, a nos mostrar que, por trás da cientista renomada e laureada havia uma incrível mulher, no sentido mais amplo que se possa imaginar.
Finalmente, uma crítica, ou atestado da minha ignorância aos tempos internetianos: Alguém sabe me dizer que diabos fazem as tais “hastags” no texto?.....
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Ler sempre
Ary
Uma grande realidade de nossas Vidas, para que possamos avaliar a Morte como um momento sublime da raça humana, sem julgamentos e críticas, apenas como uma grande lição de se viver o hoje, como se fosse o último dia, com Alegria e Amor.
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