ANALISE DO FILME O ADVERSARIO VOL.20
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OBJETO
DE DESEJO
A análise critica do filme “O adversário”, de Nicole Garcia (baseado no romance homônimo de Emmanuel Carrère) nos remete, num primeiro momento, à discussão do significado do trabalho e da carreira profissional como valor moral e pressuposto para o reconhecimento social. Vinculados ao trabalho e à carreira profissional, teríamos status e prestigio social, importantes categorias sociológicas compositivas da identidade (e consciência) social. Portanto, a análise critica do filme coloca a reflexão na instância da reprodução social. É na esfera da reprodução social do modo de produção baseado no trabalho estranhado que emerge o complexo do estranhamento social, isto é, o conjunto dos obstáculos sócio-institucionais ao desenvolvimento do ser genérico do homem. Nos filmes “O adversário” (e “O corte”, cuja análise crítica se encontra também disponível em cd-rom), a temática candente é o estranhamento e não o trabalho estranhado propriamente dito. Aliás, os personagens dos filmes são homens desempregados, individualidades de classe imersas em relações sociais estranhadas e enredados em percepções (e auto-percepções) constituídas pelos valores-fetiches da sociedade do trabalho estranhado (por exemplo, o valor-fetiche da carreira e do sucesso profissional). O filme “O adversário” trata de um mundo social específico: o universo existencial de uma fração da classe do proletariado – os “proletários de classe média”, individualidades de classe pertencentes à “classe média” assalariada, enredados intensamente com os referentes sociológicos de status e prestigio social e com os valores-fetiches que constituem o mundo das mercadorias.
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