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OBJETO
DE DESEJO
Aqui não é apenas o nobre vice-presidente deste país, Michel Temer, embora trabalhe noutra república, a do poema. Não é somente um dos mais insignes juristas, acostumado ao trato com as leis, mas um jurisconsulto do verso, arquitetando metáforas, hipérboles, oximoros, símbolos, que no “teclado branco” da luz se combinam. E é o verso que inventa o poeta.
Não é o político que administra a memória, é uma sensibilidade que ilumina a inteligência “no reino das palavras”, o plural singular de um “Outro” – o “Outro” que o argentino universal Jorge Luis Borges insistia em transfigurar. E se confunde com a apresentação desta Anônima Intimidade como obra de ficção, sendo qualquer semelhança com o autor e terceiros apenas mera coincidência. Ou, talvez, coincidência de um sonho noutro. E, se buscarmos a origem, será também sonho.
Michel Temer não quer somente a Anônima Intimidade; quer ter a certeza de ocultar, discretamente, o autobiográfico no obscuro vulto coletivo. É verdade que essa matéria combustível de amor não se regula pelo Parlamento. O poeta cria seu próprio rosto, mas qual o rosto da infância no humanista senão o ser maduro restaurando o menino?
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