AS BENÇAOS DA CIVILIZAÇAO
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Não haverá salvação para nós que não seja adoptarmos a civilização e descermos ao seu nível?
O título é de escárnio e dispensa explicações: As Bênçãos da Civilização é uma colecção de ensaios, cartas, discursos e sátiras que revelam Mark Twain como o cronista da desonra americana. Em textos ferozes contra a guerra, o colonialismo e o racismo, escritos entre 1870 e 1908, Twain aborda tanto as infâmias dos Estados Unidos (Cuba arrancada aos Espanhóis, a carnificina nas Filipinas, a segregação de chineses na Califórnia, o linchamento de negros no Sul) como as tiranias das nações europeias no globo. Do pacifismo profano de «A Oração de Guerra» à candura corrosiva em «O Amigo de Goldsmith de Novo no Estrangeiro», passando pela grotesca personagem do «Solilóquio do Rei Leopoldo», As Bênçãos da Civilização é uma denúncia de patriotismos hipócritas e vocações civilizadoras – com o humor negro e perfurante de Mark Twain, em linhas de uma assombrosa actualidade.
Mestre do humor impassível e da ironia fina, cronista insolente das imposturas e inanidades, inimigo público de dogmas e instituições americanas, Mark Twain (1835-1910) será sempre associado às façanhas de Tom Sawyer e Huckleberry Finn e a obras como A Tramp Abroad (1880) e Life on The Mississippi (1883). Mas a sua prosa espirituosa, a erudição contagiada por coloquialismos, a graça desarmante e lapidar, surgem particularmente nítidas nos seus textos curtos – contos, crónicas e rábulas de toda a espécie. É também aí que se revela o homem profundamente politizado e subversivo – o membro da Liga Anti-Imperialista Americana, o falso candidato à presidência dos Estados Unidos, o ensaísta confortável a falar de impostos, racismo, política internacional e bicicletas –, bem como o homem vivido do Mississípi, que foi aprendiz de tipógrafo, mineiro, piloto de barco a vapor e jornalista antes de se tornar um dos mais férteis e engenhosos escritores de sempre.
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