Leitura ilustrativa e interessante
Alcir Santos de Oliveira
A historia se desenvolve em Nova Iorque dos anos 30/40 do século passado, época em que países da Europa Ocidental, como Itália e Espanha, tinham uma parte razoável da população vivendo nos limites da pobreza. Em busca de condições mínimas para uma existência razoável, essas pessoas partiam para a América, do outro lado do Oceano, então uma espécie de Eldorado que guardava as oportunidades procuradas. O sonho alimentava a esperança e, a cada dia, mais pessoas abandonavam a pátria que nada lhes oferecia e partiam em busca de uma vida melhor.
Nesse contexto é que as irmãs Arenas (Victoria, Mona e Luz), protagonistas, saem do seu vilarejo na Espanha em demanda de Nova Iorque, metrópole fervilhante, carente de mão-de-obra menos qualificada, onde os migrantes anteviam a oportunidade de uma vida digna. Primárias, despreparadas, sem conhecer praticamente nada do Inglês, mantendo a esperança de voltar um dia, são surpreendidas pela morte do pai o que as leva a ter de abrir caminho sozinhas, valendo-se de amigos e aproveitadores. Enquanto vai narrando as idas e vindas, encontros e desencontros das irmãs e um sem número de personagens secundários, a autora aproveita para mostrar a realidade dos migrantes, suas ocupações, os laços de fraternidade e ajuda mútua, a maioria sempre a cogitar do retorno ao solo pátrio.
Sem dúvida uma leitura que cativa e ilustra, embora, no final, fique a impressão de que a autora se perdeu e acabou arrematando o texto de uma forma meio abrupta, como se tivesse dificuldade, ou falta de espaço, para juntar as várias histórias que compõe o enredo.
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