AS PORTAS DA PERCEPÇAO E CEU E INFERNO
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Relato das experiências do autor com o uso de substâncias alucinógenas que têm por base a mescalina, à luz da razão e das percepções sensoriais, este livro foi uma espécie de guia para a abertura da consciência dos anos 1960 – e funcionou como símbolo da busca de uma nova relação com a realidade que nos cerca, além de ter sido uma grande influência para toda uma geração que buscava a ruptura dos valores tradicionais. A edição traz também “Céu e inferno”, ensaio que continua a experiência, e um apêndice que comenta o efeito de outras drogas.
Baudelaire, os Beatles, Alan More, Jim Morrison, William Burroughs. Esses e outros tantos nomes de peso no universo das artes têm em comum o uso, em algum momento de substâncias alucinógenas como impulso de criação artística. Assim como eles, o escritor Aldous Huxley, curioso pelos efeitos dos alteradores de consciência, cercou-se de cuidados e se aventurou em experimentos como mescalina, alcaloide extraído de um cacto usado por xamãs mexicanos. O resultado dessas jornadas da mente é o livro As portas da percepção, de 1954, obra precursora em que os efeitos vivenciados por Huxley servem de reflexão sobre a consciência humana e seus limites. O autor, que àquela altura já era um intelectual respeitado, autor de livros que se tornaram clássicos instantâneos, como Admirável mundo novo (1932) e Contraponto (1928), descreve essas experiências como um estágio místico em que objetos simples ganham mais nitidez e pinturas clássicas adquirem cores transcendentais, numa espécie de visão sublime da realidade. A tese principal de Huxley é a de que o cérebro funciona como um órgão redutor, que nos impede de tomar consciência da infinitude em nome da busca por sobrevivência.
Céu e Inferno, a segunda parte deste livro, publicado em 1956, dá continuidade às investigações de Huxley sobre a mescalina e explica como as substâncias alucinógenas, tão férteis para atingir a autotranscedência, podem aproximar o seu usuário de uma visão perturbadora, com crises comparadas a quadros esquizoides e psicóticos. Reflexões profundas sobre a mesma busca do sublime nas artes sacras e na poesia fazem desse texto um ensaio estético fundamental.
Graças a sua coragem e empenho analítico em estudar os efeitos de um alterador da consciência, Huxley se tornou um guru par aa geração hippie dos anos 1970 e uma referência indispensável a estudiosos da mente, neurocientistas, artistas e curiosos. O volume traz ainda oito apêndices em que o autor se detém em referências feitas no texto principal.
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