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OBJETO
DE DESEJO
“Eu inventei o Campo Alegre”, assegura o poeta, pesquisador de literatura e artista multimídia Ricardo Aleixo no último capítulo do livro que ele escreveu dedicado ao bairro onde foi criado e vive até hoje – o Campo Alegre, na região norte de Belo Horizonte. O livro é o 37º título da coleção BH.A Cidade de Cada Um, da editora Conceito, que há 18 anos vem desenhando uma cartografia poética de bairros e lugares da capital mineira. Nome consagrada da poesia contemporânea brasileira – o seu livro Extraquadro é um dos cinco finalistas do Jabuti deste ano -, Ricardo Aleixo compõe um retrato afetivo do seu lugar preferido no mundo a partir de uma prosa narrativa que mescla memórias, depoimentos, memorandos oficiais, diário do autor e outros gêneros literários, em 160 páginas de tirar o fôlego do leitor. O livro é lançado ao mesmo tempo em que o poeta reúne as suas memórias no livro “Sonhei com o anjo da guarda o resto da noite”, publicado pela Todavia.
Foi justamente durante o processo de escrita do livro autobiográfico que Ricardo Aleixo percebeu como o Campo Alegre ganhava musculatura, a ponto de merecer uma atenção especial. A convite do editor José Eduardo Gonçalves, ele transformou em livro autônomo a história do bairro onde chegou aos 9 anos de idade, para nunca mais sair. O Campo Alegre nasceu como um conjunto habitacional para onde foram transferidas 556 famílias pobres da capital, no final dos anos 60. Sem infraestrutura, carente de tudo e à mercê de inundações frequentes, o Campo Alegre de perfil desolador vai aos poucos ganhando forma na pena pulsante e emocionada do escritor. É ele quem diz: “Sou cria de um lugar de nome tão bonito quanto as histórias de luta por vida digna vividas pelo povo daqui”.
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