Em “No campo e na moral – Flamengo campeão brasileiro de 1987”, Gustavo Roman não se preocupa em detalhar as brigas políticas que, ao longo dos anos, fizeram da Copa União, o então Campeonato Brasileiro, um assunto permanente e motivo de discórdias. Para o autor, assim como para todos que amam o futebol, o importante é saber o que aconteceu dentro das quatro linhas.

Editado pela iVentura, com prefácio do craque Zico, quarta capa do jornalista Mauro Beting e orelha do também jornalista André Rocha, a obra recria o ambiente que envolveu toda a conquista, detalhando as partidas e lembrando histórias do quarto título nacional do Flamengo.

Em 1987, o mundo era outro, completamente diferente. As crianças brincavam descalças na rua. A violência ainda não assustava tanto. O tempo passava mais vagarosamente. Em termos de futebol, então, quantas mudanças! Craques e ídolos existiam aos montes. Não se trocava de clube como se troca de camisa.

De acordo com Zico, o maior mérito do autor é justamente apresentar um livro que trata do título deixando de lado os bastidores e dá valor a quem esteve dentro do campo, suou, correu, viajou e levantou a taça.

Para Beting, os jogos são descritos com a pena equilibrada e apaixonada de Gustavo Roman, sendo um ponto final em muitas interrogações daquele ano que insiste em não acabar.

Já Rocha destaca que “No campo e na moral – Flamengo campeão brasileiro de 1987” joga luz sobre um momento muito discutido do futebol brasileiro, detalhando uma história que merece ser contada e o autor o faz com enorme riqueza de detalhes.

Com o desenrolar das páginas do livro, o leitor constata que foi uma conquista repleta de dificuldades e recomeços. Ainda assim, a obra não traz superlativos. Apenas tenta recontar uma história repleta de glórias, que por si só se encarregam de enaltecer os seus principais personagens.