A luta indígena é a luta de todos nós.

Essa é a mensagem que Txai Suruí, uma das mais notáveis vozes indígenas da atualidade, tem disseminado pelo país e pelo mundo na forma de discursos e ações concretas. Filha do líder Almir Suruí e da ativista Neidinha Bandeira, comunicadora, artista, escritora e também ativista, Txai ficou conhecida em todo o mundo durante a 26a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – COP26, realizada em Glasgow, na Escócia, em 2021. Ali, ela pronunciou um discurso memorável, no qual mais uma vez chamou à responsabilidade os países ricos e omissos.

Neste livro, sua habilidade com as palavras migra para o universo da poesia, e a mensagem ganha a forma de uma ode ao direito de ser e de existir no mundo de florestas, pássaros, rios e histórias de guerreiros e caçadores que é o seu território. Originalmente publicada na coluna que mantém no jornal Folha de S.Paulo, esta exaltação à alegria de amar e de compartilhar ganhou o formato de livro e a companhia das exuberantes aquarelas de Fernando Zenshô.

Que as palavras-poema de Txai Suruí, esta jovem mulher que pulsa coletivamente, se somem às vozes que promovem a alegria, a empatia e o amor como matéria-prima da vida. E que Canção do amor possa encantar os jovens leitores e inspirá-los a, de fato, agir para mudar o mundo, como sugere Ailton Krenak no prefácio da obra.