Um o oportuno grito de alerta.
Alcir Santos de Oliveira
Num texto intimista e direto, apoiado numa sólida e diversificada bibliografia, a autora dá um grito de alerta a humanidade, a cada dia mais voraz e destruidora, lembrando que talvez ainda haja tempo de estabelecer um convívio respeitoso e consentâneo entre a vida da Terra e a do próprio homem. As considerações são pertinentes e oportunas. Qualquer pessoa, com um mínimo de racionalidade, sabe que, no ritmo em que vamos, dentro em breve a Terra, ser vivo e poderoso que é, vai ser obrigada a nos expulsar já que, salvo as exceções de sempre, desde que desceu das árvores e ultrapassou a fase caçador-coletor, o homem só tem destruído, justificando de título de pior predador de todos os tempos. Aí estão os exemplos. E também as respostas que a Terra tem dado, em forma de alertas. Agora, com um numero de mortos que ninguém é capaz de saber, a despeito das estatísticas oficias, estamos às voltas com a COVID que não dá sinais de que será dominada no curto prazo. Mas o homem, insensível, continua a explorar a terra de forma predatória e abusiva.
Sem dúvida uma leitura tempestiva e oportuna, valendo destacar o prefácio do nosso ativista, Ailton Krenak.
Um reparo. Talvez na conta da tradutora. Insistentemente o texto insiste na prática do erro de misturar tratamentos, às vezes até na mesma frase "sua/tua" ; "tu/você". Talvez seja o caso de uma revisada para uma próxima edição.
Em síntese, uma leitura imperdível para tantos quantos ainda acreditam ser possível um basta nessa corrida desabalada em direção ao fim.
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