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OBJETO
DE DESEJO
A história de Virgínia e suas irmãs se passa numa época em que as mulheres se vestiam com sobriedade, usavam luvas e chapéu para ir ao centro da cidade tomar chá com as amigas e olhar as vitrines. No entanto, o primeiro romance de Lygia Fagundes Telles, escrito em 1954, é uma obra atual e tem tudo a ver com os dias de hoje pois trata de temas recorrentes da obra da escritora, como o amor, a morte, a fragilidade da alma humana, a solidão, a loucura, a crueldade e o sonho, todos muito bem explorados pela narrativa viva e sensível de Lygia.
Na verdade, Lygia baseou-se num fato real para escrever Ciranda de pedra. Numa de suas caminhadas a pé, passou em frente a um casarão que estava sendo demolido. Ela entrou, passeou pelos cômodos vazios e encantou-se com uma fonte cercada por anões de pedra, a mesma que descreve no livro. E imaginou os dramas que se desenrolaram naqueles jardins, as tristezas e alegrias que envolveram os antigos habitantes daquela casa.
Ciranda de pedra conta justamente a história de uma família que se desagregou com a separação dos pais. Uma das filhas, Virginia, fica morando com a mãe doente e o segundo marido dela, numa casa pequena e desconfortável. As outras duas meninas acompanham o pai, que mora num casarão cercado de riqueza e conforto. As personagens do livro são apanhadas em situações aparentemente banais, que fazem parte da vida de qualquer pessoa. Há, no entanto, algo que as desintegra e as vai desnudando até que mostrem suas fragilidades, seus medos, suas loucuras.
Romance clássico, best-seller nacional, Ciranda de pedra teve adaptação para TV em 1981 e revelou Lygia Fagundes Telles como uma das mais representativas expressões da moderna ficção brasileira.
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