"A autora obteve título de Doutor em Historia Social pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, assim como o de Mestre em Historia e Antropologia da Arte pela Escola de Belas Artes da mesma Universidade. Clara Emilia é pesquisadora que no oficio de historiadora atuou no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional até 1995, e posteriormente, no Arquivo Publico do Estado do Rio de Janeiro. E autora dos livros: “Aldeamento de São Fidélis; o sentido do espaço na iconografia”, (Ministério da Cultura-MinC/IPHAN-Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 1995); “Da materialização à legitimação do passado: a monumentalidade como metáfora do Estado(1920-1945)”, Lucerna/Faperj, 2002).Escreveu e organizou outros livros em co-edição e publicou vários artigos em revistas especializadas. É autora do projeto e pesquisa de “De museologia arte e políticas de patrimônio”, autoria de Ligia Martins Costa, (IPHAN/Edições do Patrimônio, 2002). E pesquisadora na área de Historia Contemporânea, atuando como colaboradora junto ao Laboratório de Estudos do Tempo Presente – TEMPO, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais-FCS/FRJ-Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde participa do projeto “Memória Social dos Esportes”, coordenação do Prof. Dr. Francisco Carlos Teixeira da Silva, Titular da Cadeira. Escreveu com Hamilton Botelho Malhano “São Januário-Arquitetura e Historia”, (Mauad/Faperj, 2002), e prepara trabalho sobre um encontro luso-brasileiro nos pensamentos arquitetônicos e nas produções azulejares." Segundo o estudioso Argan, renunciando ao seu patrimônio, a sociedade não renuncia apenas à arte, mas à sua própria história. E assim foi criado, em 1938, o Serviço do Patrimônio Artístico Nacional – SPAN, o atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, com a finalidade de proteger o patrimônio histórico e artístico brasileiro. “Da Materialização à Legitimação do Passado: a monumentalidade como metáfora do Estado” é o resultado de um profundo estudo sobre a importância que a proteção aos monumentos históricos tem para a preservação do passado e do significado simbólico que representam para um povo. Clara Emília optou por usar um recorte temporal neste trabalho – 1920 a 1945, partindo do surgimento da idéia de patrimônio trazida da Europa na década de 20, que consolidou as primeiras diretrizes estabelecidas nesse sentido, seguindo até os primeiros tombamentos efetuados, bem como a criação dos cursos de museus. Dessa forma, a autora demonstra, munida de uma farta documentação, a relevância do SPHAN (atual IPHAN) na constituição do Estado brasileiro, dando consistência à cultura nacional através da viabilização, conservação e restauração de seus monumentos. “Da Materialização à Legitimação do Passado” é uma importante fonte de consulta para aqueles que se interessam pela relação “monumentos x história x sociedade”, tais como historiadores, arquitetos, sociólogos e antropólogos, entre outros.