O carioca Wagner Krause é um funcionário público cuja vida pacata é abalada ao conhecer a deslumbrante Lorena. Impulsionado pela paixão, ele abandona tudo – família, amigos e o Brasil desgovernado de Fernando Collor – para viver uma nova vida em Paris com a amada, mas a história dos dois acaba fracassando.

Décadas mais tarde, Wagner, agora professor titular de uma das mais prestigiadas universidades da Inglaterra, retorna a Paris para tentar encontrar as partituras dos Choros números 13 e 14, que faziam parte da série de Villa-Lobos e que o compositor teria esquecido lá, quando deixou a cidade-luz em 1930. Mas nessa volta, Wagner se envolve com a jovem franco-brasileira Camille, que, com sua inteligência e beleza, o faz reviver o passado e desencadeia o segundo ato de sua história.

A trama se desenrola em dois momentos paralelos e é narrada por Nando, grande amigo de Wagner, que sonhava em se tornar cineasta e sempre teve talento para contar uma boa história. Sob sua perspectiva, a narração adquire contornos cinematográficos e, assim, arrebata o leitor pela prosa fluida e descontraída – que vai tomando forma, quadro a quadro, até atingir um clímax inesperado.

No virar das páginas, o leitor ainda conhece um pouco mais sobre a história de Heitor Villa-Lobos e da cantora Elsie Houston, que, no cenário de Paris, compõem a trilha sonora perfeita para o drama do professor Wagner S. Krause.