DIVERSIDADE NA INDUSTRIA DA MUSICA NO...MUSICA
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Qual é o tom da indústria da música quando falamos de racismo e diversidade no Brasil? Qual é a participação de mulheres e afrodescendentes em cargos executivos nas empresas do setor?
Essas são algumas perguntas que o autor Leo Feijó procura responder com a publicação de “Diversidade na Indústria da Música no Brasil: um olhar sobre a diversidade étnica e de gênero nas empresas da música”.
O primeiro dado exclusivo apresentado mostra que, em 46,4% das organizações da música, a presença de negros é de 0% a 15% em relação ao total de empregados.
Em relação aos cargos ao quadro total de funcionários, apenas 26,5% são negros. A população brasileira é composta por 56,10% de negros, segundo dados oficiais do governo (IBGE, 2019), o que indica a imensa desigualdade.
Em outros países há pesquisas que indicam o mesmo problema. Nos Estados Unidos, um relatório da USC Annenberg mostra que as posições de liderança ainda favorecem esmagadoramente os homens brancos. Apenas 13,9% dos executivos pertenciam a grupos raciais sub-representados e 4,2% eram negros. As mulheres representavam 13,9% dessas funções.
Em relação à questão de gênero, o desequilíbrio também é evidente. De acordo com o Ecad, entre os 100 compositores com maior receita, há apenas duas mulheres.
Em outro levantamento, Ferraro, Xavier e Bauer (2020) demonstram que o algoritmo utilizado em serviços de streaming tem mais probabilidade de recomendar músicas de homens do que de mulheres: apenas 25% dos artistas recomendados, ao longo de 9 anos, eram mulheres.
Além disso, a representação de mulheres e minorias de gênero na indústria da música é tremendamente baixa. Cerca de 23% dos artistas no chart Billboard 100 de 2019 eram mulheres ou minorias de gênero. (Billboard, 2020).
“O objetivo da publicação é colaborar com o debate sobre diversidade no mercado da música. Há iniciativas importantes, porém a transformação é muito lenta e reflete o racismo estrutural no Brasil. Precisamos analisar casos de outros países e avançar para diretrizes mais ousadas, tanto do ponto de vista étnico como de gênero”, afirma Leo Feijó.
A pesquisa “Diversidade na Indústria da Música no Brasil”, realizada em 2021 e detalhada na publicação, indica que, na maioria das organizações pesquisadas (62,5% empresas), menos de 5% dos cargos executivos são ocupados por pessoas negras.
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